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ZAE da Cana pode estimular migração de usinas para Goiás

Além de ter um aumento expressivo de sua produção nessa safra, nas próximas Goiás deverá receber um incremento maior, com a chamada migração de usinas e investidores do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que podem ficar como que impedidos de crescer, em razão do modelo de zoneamento da cana proposto pelo governo federal.

Efetivado, o modelo de zoneamento em prática pode acabar por direcionar a expansão da indústria sucroenergética para o Estado de Goiás.

Com o veto de novas plantações em Mato Grosso e em parte de Mato Grosso do Sul, a indústria do setor em Goiás deverá receber os investimentos antes direcionados àqueles estados. Goiás é hoje o Estado que oferece uma das maiores áreas para desenvolvimento da indústria canavieira.

De acordo com a Conab – Companhia Nacional de Abastecimento, Goiás é o Estado que mais deve crescer no setor no Brasil na próxima safra, seguido por Mato Grosso do Sul. Para André Rocha, do Sifaeg Goiás, o zoneamento pode potencializar o crescimento que o Estado já apresenta.

André Rocha calcula que o Estado de Goiás poderá processar nesta safra em torno de 38 milhões de toneladas de cana.

O que tem contribuído para o aumento da produção no Estado – que está se tornando também um importante pólo sucroenergético – é a inauguração de novas unidades. Goiás tem 33 usinas em operação, sendo que cinco começaram as suas atividades este ano: Unidade Rio Claro (ETH Bioenergia), em Caçu; Usina Caçu (Grupo Engebanc), em Vicentinópolis; Usina Porto das Águas (Grupo Cerradinho), em Chapadão do Céu; Usina Jataí (Grupo Cosan), em Jataí; Usina Floresta (Vale do Verdão), em Santo Antônio da Barra.

A Companhia Brasileira de Energia Renovável (Brenco) deverá iniciar ainda este ano as operações da sua primeira unidade de etanol no município goiano de Mineiros. Outra usina que começará as suas atividades provavelmente até o início da próxima safra é a Central Energética de Mourinho, em Mourinhos, que tem 87% de participação do Grupo Colorado, segundo André Rocha. Ele considera que existem boas perspectivas para a inauguração de novas usinas em 2011. “Depende do cenário econômico e da volta do crédito”, avalia.

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