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VW Gol Total Flex 1.6 – Mistura e não fica tonto

O sistema Total Flex do Gol é fornecido pela Magneti Marelli e consiste em um sofisticado programa de computador, o SFS(Software Flexfuel Sensor), que identifica e quantifica a mistura de álcool e gasolina no tanque. Os vários sensores já existentes no sistema de injeção de combustível (os de temperatura, velocidade, rotação e a sonda lambda) transmitem para a Unidade de Comando Eletrônico as informações sobre o combustível que está no tanque.

Pode parecer complicado, mas não é. Na prática, para quem vai dirigir o carro, não existe qualquer tipo de dificuldade. Não tem botões ou chaves no painel para mudar de um combustível para o outro. O tanque de combustível também é o mesmo, mas é claro que a VW teve que fazer algumas mudanças para tornar o funcionamento impecável. Por exemplo: para que o carro funcione com álcool foi utilizado o sistema de partida a frio; as válvulas injetoras têm vazão ampliada; a bomba de combustível é diferente; as velas foram desenvolvidas para ele; entre outras coisas. Vale lembrar que alguns componentes receberam material contra corrosão, devido ao álcool.

Testamos o Gol Total Flex em diferentes condições. Inicialmente, com 50% álcool e 50% gasolina, o modelo apresentou comportamento exemplar. Apesar da mistura, o motor não apresentou falhas de funcionamento e o desempenho pode ser considerado normal, em se tratando de um 1.6 8V. O único problema foi a oscilação da marcha lenta, principalmente com o motor frio. A Volkswagen não divulgou os números de consumo com a proporção de 50% álcool e 50% gasolina.

Posteriormente, com apenas álcool hidratado no tanque, foi possível perceber uma pequena melhora no desempenho. Nessa condição, o motor 1.6 ganha mais potência é possível perceber ligeira melhora nas respostas em arrancadas e retomadas. O sistema de partida a frio funciona com eficiência e, mesmo nas manhãs mais frias, o motor pega de primeira. A desvantagem de utilizar somente o álcool é o consumo mais alto.

Com somente gasolina no tanque (vale lembrar que nossa gasolina tem 20% de álcool anidro), o motor 1.6 da VW apresentou um desempenho dentro do esperado. Com bom torque em baixas rotações, o propulsor proporciona uma performance satisfatória, tanto na cidade quanto na estrada. E, funcionando só com gasolina, a marcha lenta voltou a oscilar.

Quanto ao resto, o VW Gol é o velho conhecido. A transmissão tem relações de marchas na medida, mas os engates do câmbio não são precisos, principalmente da quinta marcha e a ré. A suspensão privilegia a estabilidade, mas o carro é um pouco duro quando sobre pisos irregulares. A direção foi bem calibrada e o sistema de freios é eficiente, com ABS opcional. O carro tem o velho problema da pedaleira descentralizada em relação ao volante, além de não ter encostos de cabeça no banco traseiro.

O sistema Total Flex da VW mostrou eficiência no funcionamento, independente da proporção de combustível utilizada. Agora só resta saber como resistirá o sistema depois de um período mais prolongado de utilização.

Quanto custa?

O Gol Total Flex 1.6 custa R$ 950 a mais que a versão Power a gasolina, ou seja, R$ 26.779. Com todos os opcionais, o preço chega a R$ 35.466. O modelo pode ser encomendado pela internet (www.vw.com.br) ou direto nas concessionárias.

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