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Volume disponível deve ser maior em 2008

O ano que se aproxima promete ser abundante em crédito para o setor produtivo. Alinhados ao reaquecimento da economia gaúcha, os principais bancos de fomento em atuação no Estado planejam ampliar o volume de recursos disponíveis para indústria, serviços e agropecuária. “No Brasil, o crédito crescerá 24% em 2008, e prevemos um incremento na mesma proporção no Rio Grande do Sul”, visualiza Urbano Schmitt, diretor de crédito do Banrisul.

Os planos do banco estatal, por sinal, acenam para a perspectiva de uma boa maré nos financiamentos. A oferta de ações neste ano possibilitou um incremento de R$ 800 milhões na carta de crédito da instituição. “Estamos capitalizados e com extrema liquidez, o que possibilitará ampliarmos as liberações em 2008”, anuncia Schmitt. Alguns dos principais alvos de repasses serão as micro e pequenas empresas, especialmente em linhas para capital de giro.

Outro setor importante para o Estado, o agronegócio, conta com 53% a mais do Banrisul para a safra 2007-2008, chegando a R$ 283 milhões. Segmentos em ebulição no campo, como a cana-de-açúcar e a biomassa, receberão atenção especial das instituições financeiras. O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (Brde) direcionou R$ 200 milhões para o setor lácteo, que entra em um novo ciclo de desenvolvimento em território gaúcho.

O carro-chefe da demanda por crédito será a construção civil. Em um ritmo de expansão poucas vezes visto no País, o setor tem absorvido dezenas de bilhões de reais em financiamentos, e o ritmo deve permanecer. No Brasil, a Caixa Econômica Federal (CEF) liberará R$ 17 bilhões para a habitação no próximo ano, R$ 1,5 bilhão para o Rio Grande do Sul. “Só em Porto Alegre, temos R$ 166 milhões de pedidos de crédito em análise”, afirma Valdemir Colla, superintendente regional da CEF na Capital gaúcha.

As perspectivas são melhores também na CaixaRS, que pretende triplicar os ativos até julho de 2008. Devido a um acordo com o Banco Central (BC), a instituição poderá se equiparar com grandes bancos, pretendendo atingir o volume dez vezes acima de seu Patrimônio Líquido (PL). Atualmente, a CaixaRS é autorizada a trabalhar com até o triplo de seu PL, ou R$ 1,2 bilhão. “Estamos trabalhando em nosso teto, e a autorização do BC permitirá que administremos aproximadamente R$ 3 bilhões em ativos a partir de julho”, prevê a presidente da CaixaRS, Susana Kakuta. Com mais poder de gestão, a instituição pretende entregar R$ 260 milhões ao longo de 2008, uma ampliação em relação aos R$ 220 milhões alcançados ao longo deste ano.

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