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Volume de negociação de créditos de descarbonização (CBIOs) ultrapassa os R$ 8 bilhões

Mais de 102 milhões de CBIOs foram emitidos, o que significa 102 milhões de toneladas de CO2 evitadas

Volume de negociação de créditos de descarbonização (CBIOs) ultrapassa os R$ 8 bilhões

O volume financeiro dos Créditos de Descarbonização (CBios) ultrapassou a marca de R$ 8 bilhões. Com isso, até o momento, foram emitidos 102,8 milhões de créditos, o que significa de que 102,8 milhões de toneladas de CO2 equivalente deixaram de ser emitidas na atmosfera.

Os CBios são ativos ambientais emitidos por produtores de biocombustíveis em quantidade proporcional à nota de eficiência de sua produção certificada e do volume de biocombustível comercializado.

Um CBio equivale a uma tonelada de gases causadores de efeito estufa não emitidos para atmosfera devido ao uso de biocombustível em substituição aos combustíveis fósseis. O valor médio de cada CBio ficou em R$ 111,63, segundo publicação do Ministério de Minas e Energia (MME).

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Os CBios são comercializados pelos produtores de biocombustíveis na Bolsa de Valores brasileira (B3) e adquiridos pelas distribuidoras para cumprimento de suas metas individuais, ou mesmo por terceiros não obrigados interessados na aquisição de CBios.

Em seu relatório VisãoAgro, divulgado recentemente, com destaques e perspectivas para o setor bioenergético na safra em curso, o Itaú BBA informa que o maior volume de emissão de títulos em 2023 tem dois fatores principais: o aumento da produção de etanol na safra 2023/24 do Centro-Sul, e o crescimento da mistura de biodiesel saindo de 10% para 12%.

Segundo o banco, o balanço de oferta e demanda de CBios indica um cenário confortável até o final da meta de 2023, fechando com estoque final de 8,3 milhões de Cbios.

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“E mesmo com o balanço confortável, houve incremento dos preços dos títulos em junho, possivelmente causado pelo forte aumento do volume de negociações do período, e que pode ser explicado pelo fato de duas metas estarem sendo negociadas no mesmo período”, afirma o Itaú BBA.

Neste sentido, é possível que com a proximidade do final do período de comprovação da meta de 2022, em setembro de 2023, o mercado fique aquecido, com as negociações das partes obrigadas que não adquiriram volume, adicionado aos players que estiverem comprando volume para a meta de 2023.

“O mesmo ocorre a partir de outubro, pois, caso haja participantes da parte obrigada que têm a estratégia de começar as compras das metas de 2023 após o fechamento da meta de 2022, haverá apenas 6 meses para negociações de uma meta individual maior, já que a curva de metas totais é ascendente ao longo do tempo”, conclui.