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Volume de crédito rural pode cair

Estão em discussão medidas para permitir a redução das taxas de juros pagas pelo tomador final, sem que seja preciso uma guinada na política monetária. Entre as taxas pagas pelos títulos públicos, que servem de referência para os agentes, e as observadas no mercado de crédito no varejo há uma grande diferença, explicada pelos custos de operação dos bancos, pela carga tributária incidente sobre as operações de crédito, pelos riscos de inadimplência e alocações compulsórias, e aplicações em crédito imobiliário e crédito rural.

A estratégia para baixar os juros na ponta do tomador final é a redução da cunha colocada na intermediação financeira. Uma dessas medidas, entretanto, pode reduzir o volume do crédito rural: é a redução do porcentual sobre depósitos à vista, destinado a financiar a agropecuária. A diminuição da cunha da intermediação financeira poderia ser obtida, por exemplo, por meio de uma redução do Imposto sobre Operações Financeiras, que seria repassado para os tomadores finais. Da mesma forma, aperfeiçoamentos na legislação de falências que tornem menos onerosa e mais provável a recuperação de créditos também contribuiriam para a redução da diferença entre as taxas de captação e de aplicação dos bancos.

Internalização- Com menor risco de ver parte de seus ativos transformarem-se em pó, os bancos internalizariam menores prêmios de risco, mecanismo pelo qual os pagadores acabam rateando entre si os custos da inadimplência. A redução das aplicaçõpolítica monetária, como a construção civil e a agropecuária.

Como um certo volume do crédito total está destinado a esses setores, a oferta de crédito para outras atividades – como o financiamento de bens de consumo duráveis -, o crédito de curto prazo para capital de giro das empresases compulsórias também teria como efeito a redução do custo do crédito para o tomador final, desde que este estivesse fora de setores apoiados pelsa indústriais e de serviços, e mesmo o cheque especial – fica escassa e o preço do dinheiro, que é a taxa de juros, acaba ficando mais elevada. Retiradas as restrições, os bancos deslocariam recursos das carteiras menos rentáveis, favorecidas pela política monetária, para as mais rentáveis.

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