Volume cresceu 78% no 1º bimestre

As ofertas de ações realizadas no primeiro bimestre de 2007 superaram as do mesmo período de 2006, registrando crescimento de 78% no volume financeiro#. E, com a taxa de juros num dos menores níveis históricos, os investimentos em bolsa também atraíram mais aplicadores, de acordo com relatório divulgado pela Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

No total, as nove companhias que realizaram ofertas públicas de ações em janeiro e fevereiro deste ano – PDG Realty, Rodobens, Camargo Corrêa, Tecnisa, Iguatemi, Embraer, Suzano Papel e Celulose, São Martinho e GVT – levantaram R$ 6,44 bilhões. No mesmo período de 2006, as cinco empresas que realizaram ofertas arrecadaram R$ 3,62 bilhões.

Nos dois primeiros meses deste ano, as ofertas públicas mais pulverizadas reuniram de 23 mil a 25 mil investidores. As campeãs foram a São Martinho, com participação de 25.864 aplicadores, e a Camargo Corrêa, com 23.549. Os números superam muito a quantidade de investidores nas ofertas “campeãs de bilheteria” do ano passado. As ofertas que atingiram maior pulverização no mesmo período de 2006 ficaram em torno de 15 mil a 17 mil.

No primeiro bimestre deste ano, das nove operações, sete foram de companhias que estrearam na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Os lançamentos de ações responderam por 64% dos R$ 6,44 bilhões captados. As duas ofertas de ações que já eram listadas foram de Embraer e Suzano Papel e Celulose.

O setor imobiliário liderou a captação no período. Do total de recursos levantados pelas ofertas públicas, 36% destinaram-se ao segmento. As ofertas primárias, ou seja, de ações novas, emitidas pela empresa, movimentaram R$ 3,49 bilhões, ou 54,23% do total. Já as operações secundárias (de papéis em poder do controlador) ficaram em R$ 2,95 bilhões, com 45,77% do total ofertado.

O Novo Mercado manteve-se como o preferido pelas empresas que chegaram à bolsa. Todos as aberturas de capital foram realizados nesse segmento. Das ofertas de empresas com ações já listadas, a da Embraer foi feita no Novo Mercado, enquanto a da Suzano Papel e Celulose foi no Nível 1 de Governança Corporativa.