Vítima da crise na Petrobras: empresa deve R$ 17 bi e avalia recuperação judicial

 

 

Os acionistas da Sete Brasil decidem nesta sexta-feira (19) se a empresa entrará ou não com pedido de recuperação judicial.

O pedido de recuperação integra plano de reestruturação financeira da Sete Brasil e é uma saída para levar à renegociação das dívidas da empresa, de aproximadamente R$ 17 bilhões.

A adoção da medida, que também será avaliada em assembleia da Sete no início da próxima semana, já foi impulsionada pela contratação da Alvarez & Marsal, consultoria internacional especializada na reestruturação de empresas.

Caso aprove a entrada com o pedido de recuperação, a companhia, liderada pelo presidente Luiz Eduardo Carneiro deve iniciar uma nova etapa nas negociações com a Petrobrás.

A estatal, no entanto, estaria se opondo à perspectiva de respaldo judicial e retomou o contato com executivos da Sete nas últimas semanas para um possível reinício nas conversas sobre o projeto das sondas. A negociação do acordo estava paralisada desde o último mês de outubro, quando as duas empresas acertaram um modelo que atendia às demandas da petroleira.

Desde então, o contrato não teria avançado devido à falta de resposta da Petrobrás. À época, o projeto havia sido fechado com a perspectiva da construção de 14 sondas, com entrega prevista entre 2017 e 2023, mas não chegou a ser assinado. Sem sinal de melhora quanto a uma definição contratual, a Sete Brasil busca solucionar o seu quadro de dívidas com estaleiros e bancos, com o prazo para quitação vencendo na próxima terça-feira (23).

Esta é a segunda vez em que a empresa avalia o pedido de recuperação judicial, que também foi debatido em assembleia há cerca de um mês. A medida só não foi aprovada devido ao voto contrário do Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobrás que detém 18% das cotas do FIP Sondas, responsável por administrar o capital da Sete.