Venezuelana PDVSA estuda aderir ao biodiesel
Depois de abrir as portas para o programa do álcool brasileiro, assimilando tecnologia para iniciar produção a partir de 2007, a estatal venezuelana do setor Petroleos de Venezuela S.A. (PDVSA) quer conhecer melhor o biodiesel. “Temos planos para mais tarde, mas acredito que em três anos possamos estar produzindo biodiesel também”, afirmou a jornalistas o diretor da empresa. Igor Martínez após proferir palestra no seminário Hart World Refining & Fuels Conference, no Rio.”Firmamos compromissos para conhecer a tecnologia da Petrobras”, acrescentou o executivo.
Em fevereiro de 2005, Brasil e Venezuela assinaram uma ampla gama de acordos para desenvolverem projetos conjuntos nas áreas petrolífera, petroquímica, militar, de mineração e de infra-estrutura, em um esforço para criar uma união estratégica. Martínez disse que ainda não há estimativas do volume de biodiesel que poderia ser produzido em território venezuelano, mas que o país já está preparando o setor agrícola para suprir matéria-prima para o novo produto, assim como fez com o etanol.
“Mesmo com a nossa produção poderemos importar mais do Brasil, vai depender da demanda”, afirmou. Este ano, a Venezuela importou 150 milhões de litros de álcool brasileiro comercializado pela Petrobras.
O país vizinho prevê construir aproximadamente 15 usinas de álcool até 2010. Em julho, a PDVSA adquiriu equipamentos para a instalação de uma destilaria de álcool da fabricante brasileira Dedini, com capacidade para produzir 8,5 milhões de litros de álcool por ano a partir do melaço, um subproduto do açúcar.
Martínez vê a entrada da Venezuela na era dos bicombustíveis como parte da política de integração da América Latina, da qual também faz parte o projeto do “Gasoduto do Sul” que ligará a Venezuela aos países do Cone Sul disponibilizando gás natural, passando pelo território brasileiro até a Argentina onde se interligaria com a rede que abastece o Chile.
