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Vendas internas já atingem 2 milhões de carros

Tecnologia já faz parte de 77% de automóveis e comerciais leves no mercado nacional. As vendas de carros e comerciais leves com motores flex-fuel (gasolina e álcool) atingiram ontem 2 milhões de unidades, de acordo com números contabilizados pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. Em pouco mais de três anos, a evolução de vendas dos carros com motores bicombustíveis no mercado brasileiro teve um grande avanço. Saltou de 48,2 mil unidades, em 2003, para 376 mil no ano seguinte. Fechou o ano passado com acumulado de 1,2 milhão. Atualmente, os flex já representam 77% das vendas de automóveis e comerciais leves.

Além de se apresentar como uma opção importante para o consumidor, a tecnologia colocou o Brasil na dianteira mundial na produção e uso de combustíveis alternativos. “A cadeia econômica do álcool combustível transformou-se em importante vantagem competitiva para o Brasil no novo cenário energético mundial, que se apresenta agravado em razão do mercado internacional do petróleo”, afirmou Rogelio Golfarb, presidente da Anfavea, em comunicado distribuído ontem pela entidade.

Seis montadoras detêm a tecnologia atualmente no mercado brasileiro. Na média, Volkswagen, Fiat e General Motors têm cerca de 90% da produção com motores flexíveis. Ford, Renault e Peugeot/ Citroën completam o grupo. As próximas a aderirem deverão ser as japonesas Honda e Toyota, agora neste segundo semestre, de acordo com metas já anunciadas.

“Desde o primeiro momento apostamos firme nesta tecnologia, que chegou para dar independência ao consumidor”, afirmou o vice-presidente da General Motors do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto. Com o flex-fuel, acredita o executivo, o consumidor regula o mercado de combustíveis. “Esta é a grande vantagem de todo este processo”.

De acordo com Pinheiro Neto, 95% da produção atual da GM de carros, monovolumes e picapes de pequeno porte são “flexpower”. A tendência é que possa equipar quase a totalidade dos produtos nacionais da marca. “Como pioneiros, podemos dizer que a tecnologia flex-fuel vai ser cada vez mais importante”, disse o executivo, que não descarta a exportação de carros flex no futuro.

O gerente de Marketing da Citroën, Evaldo Mello, disse acreditar que os carros flex-fuel são mais importantes em uma faixa de preço até R$ 50 mil. “Acima disso, o consumidor não está tão preocupado em economizar R$ 20 com álcool.” Das 37 mil unidades previstas para serem vendidas pela marca no mercado brasileiro este ano, 62% devem ser flex.

O diretor técnico da União da Agroindústria Canivieira do Estado de São Paulo (Unica), Antonio Pádua Rodrigues, disse que a venda de 2 milhões de unidades estava prevista para novembro. “O cumprimento da meta antes do previsto mostra o quanto a tecnologia foi aceita”, afirmou ele. Segundo ele, a preocupação da entidade atualmente é uma uniformidade na cobrança de ICMS sobre o álcool para que o carro flex-fuel ganhe competitividade em mais estados. Ele lembrou que 100 projetos de usinas – dos quais 45 já em andamento – vão incrementar a produção, que neste ano atingirá 17 bilhões de litros de álcool.

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