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Vendas de açúcar para exportação avançam em julho com dólar mais forte

As vendas de açúcar se intensificaram na primeira semana de julho, em meio à valorização do dólar no mercado interno, e já somam no acumulado da safra 2013/14 cerca de 70 por cento do que o Brasil espera exportar na temporada, apontaram especialistas.

“As fixações das usinas para o ano-safra 2013/14 aceleraram neste mês de julho, atingindo 18,6 milhões de toneladas, ou cerca de 70 por cento do volume estimado para as exportações”, apontou a Archer Consulting em nota ao mercado.

A estimativa da consultoria indica que o preço médio dos contratos fechados no acumulado da safra até a primeira semana de julho ficou em 17,91 centavos de dólar por libra-peso.

O açúcar em Nova York tem operado recentemente em patamares próximos das mínimas de três anos, pela perspectiva de ampla oferta do Brasil. Nesta sexta-feira, a commodity fechou em leve alta, a 16,33 centavos.

A alta dólar vem estimulando as usinas a firmar contratos na tentativa de potencializar o ganhos, com o objetivo de compensar a queda nos preços internacionais do açúcar.

“A desvalorização do real muito mais que compensou a queda em Nova York”, disse o diretor da Archer, Arnaldo Luiz Corrêa, à Reuters.

O presidente da consultoria Job Economia, Julio Maria Borges, também estima que cerca de 70 por cento da produção de açúcar que será exportada já tenha sido comercializada até o momento.

Contudo, ele considera que o avanço do câmbio tem efeito mais moderado. “O dólar ajuda, mas a fixação (de preços) ainda está abaixo do custo de produção… O câmbio ameniza, mas não resolve o problema do preço baixo”, disse Borges.

Cálculo da Job indica que para cobrir custos de produção o valor do açúcar teria de ficar ao menos em 21 centavos de dólar por libra-peso no centro-sul do Brasil, maior produtor e exportador da commodity.

Mas nos negócios recentes, com o dólar 2,28 reais, a commodity foi negociada em média em 18,80 centavos de dólar por libra-peso, estimou.

O especialista ressaltou que este é o cenário que tem levado as companhias a maximizarem a produção de etanol na atual temporada.

“O etanol sugere que ao longo da safra terá preços mais remuneradores”, explicou Borges.

A Job Consultoria estima que entre 45 a 46 por cento da safra de cana será destinada à produção de açúcar. No ciclo 2012/13, este mix de produção ficou em 49,54 por cento.

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