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Venda de álcool aos EUA via Caribe pode triplicar no ano

As exportações de álcool para os Estados Unidos via Caribe devem triplicar na safra 2007/2008 sobre a safra 2006/2007, de 350 milhões de litros para mais de 1 bilhão de litros, de acordo com previsão da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Na operação, o álcool hidratado é enviado para unidades desidratadoras de países caribenhos, reprocessado e transformado em anidro, que entra no mercado norte-americano sem imposto.

Na prática, houve apenas uma mudança de rota na entrada do combustível para os EUA, hoje maiores importadores do etanol brasileiro. Na safra passada, a forte demanda pontual dos norte-americanos fez com que as exportações diretas (e com impostos) de anidro, avançassem e o volume enviado para aquele país somasse 1,7 bilhão de litros. “Este ano, apenas um ou outro navio com anidro irá direto para os Estados Unidos. O hidratado está muito mais remunerador nesta safra e há a troca da rota”, disse o diretor da Unica, Antonio Pádua Rodrigues.

No entanto, segundo a previsão da entidade, dificilmente o volume de mais de 2 bilhões de litros exportados para os EUA na safra passada irá se repetir em 2007/2008. Como a “bolha” exportadora para o mercado norte-americano ocorreu entre julho e setembro do ano passado, é bem provável, ainda, que as exportações totais de álcool do Brasil, que dispararam mais de 70% no primeiro semestre de 2007, caiam na segunda metade do ano.

Mesmo com o recuo, a previsão das vendas totais de álcool brasileiro para o exterior está mantida em 3,5 bilhões de litros pela Unica. “Apesar de o volume exportado para os Estados Unidos cair, houve um incremento das exportações para novos mercados de álcool combustível e ainda de álcool químico e industrial”, concluiu Rodrigues.

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