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Vandalismo sem causa

De há muito os atos de extrema violência do agrupamento de meliantes que atuam sob a bandeira do Movimento dos Sem-Terra (MST), bem como os das organizações que lhes são assemelhadas – estranhamente chamadas de movimentos sociais -, dispensaram quaisquer justificativas, com um mínimo de consistência, para desrespeitar o patrimônio público ou privado, a integridade física das pessoas, o direito de ir-e-vir dos cidadãos, as terras, as sedes, as cercas, os equipamentos, as plantações e as criações das propriedades produtivas. Qualquer pretexto lhes serve para o escárnio à lei e à violação dos direitos humanos. Há dias foram as 2 mil mulheres da chamada Via Campesina que, num vandalismo descomunal, destruíram laboratórios, equipamentos, 5 milhões de mudas da Aracruz Celulose e inutilizaram um trabalho de aperfeiçoamento genético de 20 anos, em benefício da produtividade agrícola nacional.

O pretexto? Os malefícios dos eucaliptais, em particular, e do agronegócio, em geral. Quer dizer, pouco lhes importa a mistura da bandeira ecológica com a primariedade de uma posição ideológica – no caso, anticapitalista, anticientífica, antiprodutiva e antiinternacional.

Nesta segunda-feira foram centenas de integrantes do MST e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), com o apoio de outras entidades, que entraram em confronto com a Polícia Militar (PM) e depredaram o hall de entrada da sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em Belo Horizonte, quebrando portas de vidro, destruindo computadores, placas de sinalização interna, cadeiras e telefones, agredindo e ameaçando funcionários, tudo isso em protesto contra os preços das tarifas de energia elétrica e a realização da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Mas atente-se para o segundo pretexto: é como se fosse da pauta de reivindicações dos manifestantes a não reunião dos dirigentes daquela instituição internacional de fomento… E, enquanto isso, na Praça Sete, no centro da capital mineira, outra leva de manifestantes – desta vez da Liga Operária e do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário – também entrava em confronto com a PM. É até curioso o fato de os invasores da sede da Cemig, que tiveram que ser retirados por batalhão de choque da PM – depois das agressões praticadas contra os vigilantes da empresa -, terem acusado os policiais de utilizar bombas de gás lacrimogêneo, cassetetes e balas de borracha. O que prefeririam eles? Bombas, granadas e balas de verdade? Talvez achem pouco, para seus propósitos políticos – que, convenhamos, se aproximam menos das utopias ideológicas do que do puro e simples banditismo.

Nos primeiros três anos do governo Lula, segundo os dados insuspeitos de um órgão do governo federal, a Ouvidoria Agrária Nacional, em comparação com os últimos três anos do governo Fernando Henrique, aumentou em 55% o número de invasões de terras e propriedades no campo, assim como o número de assassinatos, decorrentes de conflitos no meio rural, teve um brutal acréscimo de 63%.

O que mais impressiona é a continuidade, a simultaneidade e a diversidade dos atos de violência praticados pelo MST e assemelhados.

Poucos são os dias em que não há operações dessas entidades, em diferentes lugares e sob diversas formas.

Na mesma segunda-feira do vandalismo de Belo Horizonte pelo menos mais duas ocorrências tiveram lugar, a cargo do MST e congêneres. Um incêndio que destruiu cerca de 500 toneladas de cana-de-açúcar, da Usina Decasa, em Caiuá, no Pontal do Paranapanema, foi atribuído ao MST, que mantém acampamentos na região (certamente para essa mesma finalidade). Em Cuiabá, cerca de 300 integrantes do MST invadiram a sede do Incra. O pretexto? Ora, uma disparidade de dados: para os emessetistas apenas 200 famílias foram assentadas no ano passado, enquanto para o governo federal 10.288 foram beneficiados com terras em Mato Grosso. É claro que uma disparidade como essa só pode ser resolvida com sangue – devem pensar os líderes desses ditos movimentos sociais.

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