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Valorização do câmbio leva a recuo de preços ao produtor

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) desacelerou em outubro para 1,77%, refletindo a valorização de 0,7% do real ante o dólar no mês, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, o IPP havia subido 2,99%, após a moeda americana avançar 11%.

Alguns produtos como aviões e adubos/fertilizantes, com preços atrelados ao dólar, tiveram influência negativa no IPP entre setembro e outubro e ajudaram a segurar o índice, que mede a variação dos preços dos produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, de 24 setores da indústria de transformação e da extrativa.

Por outro lado, o aumento da gasolina e a entressafra da soja pressionaram o IPP no mês. O reajuste autorizado do combustível carregou junto os preços do álcool, levou os usineiros a trocar a produção de açúcar pelo etanol e forçou um aumento do preço do açúcar cristal, segundo Manuel Campos Souza Neto, técnico do IPP.

A expectativa para as festas do fim do ano, segundo Souza Neto, provocaram aumento do preço das bebidas, que subiram 9,62%, a maior alta do mês. A categoria alimentos subiu 2,79% em outubro, mas por ter o maior peso do IPP (cerca de 20%) exerceu o maior impacto no indicador, de 0,54 ponto. Parte desse avanço tem relação com o encarecimento do açúcar e da soja, explicou Souza Neto.

O IPP para indústria extrativa ficou em 1,69% em outubro ante setembro, após alta de 12,5% no mês anterior, e para indústria de transformação subiu 1,78% no mesmo período.

Fonte: (Valor)

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