Vale tudo para investir no álcool combustível
O último título conquistado pela Imperatriz Leopoldinense, há três anos, foi exatamente versando sobre a cana-de-açúcar. Mas em se tratando de economia, em que pese toda a arte da carnavalesca Rosa Magalhães, foi coisa de amador. No desfile deste ano, o Salgueiro desfilou na Sapucaí com o enredo “A cana que aqui se planta tudo dá, até energia…Álcool, o combustível do futuro”. Por trás desse enredo tinha profissional do ramo, como o presidente do Grupo José Pessoa, José Pessoa de Queiroz Bisneto e produtores de álcool de todo o país, principalmente do Mato Grosso do Sul.
Os produtores investiram cerca de R$ 2 milhões no Salgueiro, após uma pesquisa encomendada pelo setor para revelar que o melhor veículo para difundir o álcool brasileiro no exterior seria o carnaval carioca, que é transmitido para os Estados Unidos, países da Europa e Ásia. Após o desfile de segunda-feira, falando à Folha da Manhã, o empresário José Pessoa, que na região é dono das usinas Santa Cruz e de Quissamã, estava satisfeito com o resultado.
— A mosca do carnaval pica a gente e estamos até achando que o Salgueiro pode ser campeão. Mas, independente disso, fizemos a parceria com a escola para difundir o nosso álcool no mercado externo e esse objetivo foi alcançado. O carnavalesco Renato Lages soube traduzir bem para o povo brasileiro e também para o mercado internacional essa solução é a única a curto prazo para re-solver a demanda de energia, com respeito às regras do meio ambiente — disse Pessoa de Queiroz.
Para José Pessoa, embora os americanos adicionem este ano 6% de álcool na gasolina por questões ambientais, os mercados mais promissores para as exportações brasileiras são o Europeu e o Asiático. Ele lembrou que vários países transformaram a adição de álcool na gasolina em leis para combater a poluição, citando o exemplo do Japão, e acrescentando que não é preciso ir muito longe — “A Colômbia, aqui na América do Sul, já aprovou lei idêntica”— disse o empresário.
