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Uso de gesso agrícola em cana de açúcar

Com apoio da Fundação de Amparo à Ciência do estado de Pernambuco (FACEPE) e empresas do pólo gesseiro do Araripe e de algumas Usinas do estado de Pernambuco pesquisadores do Centro de Pesquisa de Solos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) estão desenvolvendo trabalhos com o uso do gesso agrícola em solos da Zona da Mata do estado cultivados com cana de açúcar. O projeto denominado Pró – Gesso cana, visa realizar a integração de dois grandes setores produtivos do estado, o setor da produção de gesso e o setor sucroalcooleiro, que são sem sombra de dúvida dois dos mais importantes do estado.

Grande parte dos trabalhos de pesquisa já realizados com o uso do gesso agrícola, relatam somente o uso do gesso originado de resíduo de industrias de fabricação de fertilizantes fosfatados, o chamado “Fosfogesso”, sendo a literatura científica extremamente carente de resultados como uso do gesso “mineral” proveniente de jazidas de gipsita, podendo inclusive esse gesso ser denominado de “gipsita agrícola”, como sugerem alguns pesquisadores, numa referência a origem do produto.

A pesquisa, com fins acadêmicos – científicos já está em andamento com experimentos de campo montados nas Usinas Trapiche e Salgado localizadas no Litoral Sul de Pernambuco, pretende-se ainda montar mais alguns campos experimentais na Zona da Mata e litoral Norte do estado, abrangendo assim áreas representativas de cultivo de cana de açúcar em Pernambuco .

Inicialmente os pesquisadores da UFRPE procuraram identificar solos cultivados com cana que apresentassem potencial de resposta ao uso do gesso, ou seja, solos com altos teores de Alumínio tóxico em camadas mais profundas e com baixos teores de cálcio, pois nesses solos o uso do gesso agrícola certamente irá refletir em melhorias no ambiente radicular da cana e conseqüentemente resultar em aumento de produtividade e longevidade do canavial.

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