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Usineiros esperavam melhores preços para o álcool neste mês

A safra de cana-de-acúcar começou com clima bom e os preços do álcool andam dentro da sazonalidade. As usinas esperavam, no entanto, um valor maior pelo produto.

No patamar atual, “os preços não são confortáveis”, diz Mirian Bacchi, pesquisadora do Cepea e responsável por dois indicadores de preços da entidade: um diário e outro semanal.

Neste mês, o valor médio do álcool hidratado foi de R$ 0,7243, ante R$ 0,5967 em igual período de 2009. Mas essa média é uma das menores dos últimos dez anos para os meses de maio, superando apenas as de 2004 e de 2009.

Corrigidos pelo IGP-M, os preços dos primeiros anos da década estão todos próximos de R$ 1 por litro.

Além da oferta maior de álcool neste período, quando as máquinas vão a campo e elevam a produção, as usinas de São Paulo estão disputando o mercado paulista com as do Centro-Oeste.

Com um mercado consumidor menor na região, as usinas do Centro-Oeste colocam o produto em São Paulo por preços inferiores aos das usinas paulistas. Essa redução obriga as usinas a vender mais álcool para fazer caixa, perdendo rentabilidade.

Na avaliação de Bacchi, o setor necessita de uma política de garantia que tanto remunere as usinas como leve em conta o poder aquisitivo dos consumidores.

A pesquisadora do Cepea crê que esse desequilíbrio de preços poderá melhorar com uma reestruturação do setor.

Essa reestruturação passa por uma saída das empresas menos capitalizadas, que são obrigadas a colocar álcool no mercado mesmo com preços pouco remuneradores.

A liberação de crédito aprovada pelo Conselho Monetário Nacional para a formação de estoques pode ajudar, mas o problema é que as empresas que mais precisam do empréstimo são as que têm mais dificuldades para apresentar garantias.

Demanda

O faturamento líquido de 66% da indústria de cobre cresceu no primeiro trimestre deste ano, mostra levantamento do Sindicel. A melhora reflete a demanda doméstica, diz a entidade. Apenas 7% das empresas destinaram mais de 20% das vendas para o exterior.

Crescimento

A pesquisa do Sindicel também mostra que 20% das empresas têm expectativa de crescer acima de 10% neste trimestre. Sérgio Aredes, presidente da entidade, diz que os setores de autopeças e eletrodomésticos e a oferta de crédito justificam o otimismo.

Mais emprego

O setor de máquinas e equipamentos agrícolas somou 44,4 mil trabalhadores em abril, número que retorna aos patamares de outubro de 2008, quando se iniciou a crise financeira nos EUA, derrubando o ritmo mundial da economia. Os dados são da Abimaq.

Capacidade

O aumento de emprego ocorreu devido à maior utilização da capacidade instalada na indústria de máquinas e equipamentos agrícolas, que subiu para 79,6%. O índice supera em sete pontos percentuais o de abril de 2009, segundo os dados da Abimaq.

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