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Usineiros e produtores de Goiás tentam fechar acordo

Produtores e usineiros goianos dão, hoje, mais um passo rumo ao acerto de contas, na tentativa de resolver a polêmica do atraso de pagamentos das empresas pelo arrendamento de terras. Usinas deixaram de pagar a produtores de pequeno e médio porte, que cultivavam grãos e criavam gado, em pelo menos cinco municípios do estado. Há casos de produtores que não recebem há cinco meses.

Está marcada para hoje reunião para tentar resolver o problema em uma das regiões onde a situação foi apontada como uma das mais críticas. Produtores e representantes da Usina Camen, de Morrinhos, se encontrarão para tentar chegar a um acordo. Segundo fontes ligadas ao setor, o Grupo Colorado, que atua em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, estaria assumindo o controle da usina. Há expectativa de produtores locais de que essa informação seja confirmada hoje. A Usina Camen entraria em operação na safra 2008/09 mas postergou suas atividades.

Em duas regiões – Goiatuba e Anicuns – a situação já foi resolvida, segundo informou ontem Alexandro Alves, assessor técnico da Federação de Agricultura do estado (Faeg), para a área de cana-de-açúcar. Embora o acordo não tenha agradado a muitos dos produtores, estes acabaram aceitando o que foi proposto. Segundo a Faeg, que está intermediando as conversações entre empresários e produtores no estado, no caso dessas regiões, os representantes do Grupo Farias propuseram quitar as parcelas atrasadas até o mês de junho, garantindo que novos atrasos não acontecerão a partir dos próximos vencimentos.

Em Inhumas ainda não se chegou a um acordo por enquanto, embora a Usina Centroalcool tenha apresentado uma alternativa. A proposta é começar a pagar pelas parcelas atrasadas após o mês de junho deste ano. Até a metade do ano há o risco de ocorrerem mais atrasos. “Haverá uma assembléia no dia 4 de fevereiro para que discutam novamente a proposta. Não há nada fechado ainda”, conta Alves.

Na região de Acreúna, outra com problemas do mesmo tipo, a Faeg espera pelo contato das usinas para marcar reuniões com o objetivo de resolver o impasse. De acordo com o Sifaeg, representante do setor na região, apenas cinco das 40 usinas associadas à entidade estão inadimplentes junto a produtores e estão dispostas a fazer acordos. O setor passa por momento crítico após o estouro da crise financeira global. Muitas usinas já vinham endividadas pelos baixos preços do açúcar e do etanol nos dois anos anteriores.

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