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Usineiros alertam para falta de etanol hidratado em 2 anos

Os estoques das usinas produtoras de álcool para oferta do etanol anidro – que é misturado à gasolina – no curto e longo prazo estão em níveis satisfatórios, segundo dados da União dos Produtores de Bioenergia (Udop). O setor tem disponível para oferta 600 mil metros de etanol anidro.

Isso significa, segundo o presidente da Udop, Celso Torquato Junqueira Franco, que há condições para aumento do percentual deste combustível na gasolina – de 20% para 25% -, já em março, ao invés de maio, como anunciado pelo governo.

“Essa quantidade de anidro computado nas usinas dá segurança para a operação. Em abril, por exemplo, teremos estoques excedentes já que é o início da safra 2013/2014 da cana-de-açúcar”, explica, estimando uma colheita de 580 milhões de toneladas, ante 533 milhões de toneladas, correspondente a safra 2012/2013.

Apesar de os dados soarem como um fator positivo para o setor de etanol, Franco observa que eles não refletem novos investimentos.

“As safras anteriores foram menores por terem sofrido com fatores climáticos, então esse excedente que vemos agora corresponde a recuperação dessa área ocupada”, explica, apontando ainda que o aumento do preço da gasolina só veio para corrigir uma defasagem também do valor do etanol.

“As usinas trabalham sem reserva de capital e perspectiva de rentabilidade diante da política de preço praticada pelo governo. Não há interesse em investimentos”, completa.

Riscos

Sem uma política de regras claras para o etanol, o setor tende a se definhar, segundo Franco. Ele afirma que em em cinco anos não existirá mais ampliação de capacidade de produção de etanol hidratado – vendido nas bombas dos postos de combustíveis.

“O preço do hidratado é inferior ao do anidro. Vai chegar um período em que só teremos álcool para misturar na gasolina. A produção do etanol hidratado é hoje a última opção dos usineiros”, diz, alertando para o fechamento de uma centena de unidades de usinas nos próximos dois anos.

“Hoje são mais de 10 unidades paralisadas em São Paulo”, lembra.

João Chierighini, gerente de logística da Bioagência, também aponta dificuldade à retomada do investimento.

Os estoques das usinas produtoras de álcool para oferta do etanol anidro – que é misturado à gasolina – no curto e longo prazo estão em níveis satisfatórios, segundo dados da União dos Produtores de Bioenergia (Udop). O setor tem disponível para oferta 600 mil metros de etanol anidro.

Isso significa, segundo o presidente da Udop, Celso Torquato Junqueira Franco, que há condições para aumento do percentual deste combustível na gasolina – de 20% para 25% -, já em março, ao invés de maio, como anunciado pelo governo.

“Essa quantidade de anidro computado nas usinas dá segurança para a operação. Em abril, por exemplo, teremos estoques excedentes já que é o início da safra 2013/2014 da cana-de-açúcar”, explica, estimando uma colheita de 580 milhões de toneladas, ante 533 milhões de toneladas, correspondente a safra 2012/2013.

Apesar de os dados soarem como um fator positivo para o setor de etanol, Franco observa que eles não refletem novos investimentos.

“As safras anteriores foram menores por terem sofrido com fatores climáticos, então esse excedente que vemos agora corresponde a recuperação dessa área ocupada”, explica, apontando ainda que o aumento do preço da gasolina só veio para corrigir uma defasagem também do valor do etanol.

“As usinas trabalham sem reserva de capital e perspectiva de rentabilidade diante da política de preço praticada pelo governo. Não há interesse em investimentos”, completa.

Riscos

Sem uma política de regras claras para o etanol, o setor tende a se definhar, segundo Franco. Ele afirma que em em cinco anos não existirá mais ampliação de capacidade de produção de etanol hidratado – vendido nas bombas dos postos de combustíveis.

“O preço do hidratado é inferior ao do anidro. Vai chegar um período em que só teremos álcool para misturar na gasolina. A produção do etanol hidratado é hoje a última opção dos usineiros”, diz, alertando para o fechamento de uma centena de unidades de usinas nos próximos dois anos.

“Hoje são mais de 10 unidades paralisadas em São Paulo”, lembra.

João Chierighini, gerente de logística da Bioagência, também aponta dificuldade à retomada do investimento.

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