A Usina Santa Luzia, da Atvos, em Mato Grosso do Sul, produzirá biometano a partir da biomassa da cana-de-açúcar. Representantes da companhia participaram de uma reunião com autoridades governamentais para solicitar a licença de ampliação e instalação do projeto. A reunião, realizada com a presença de Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), contou ainda com a participação de outros representantes do governo, além de membros da diretoria da Atvos, como João Pedro Pacheco, head de Relações Institucionais, e Marcelo Fiomari, diretor-superintendente.
Esse é o segundo projeto de biometano da Atvos em Mato Grosso do Sul, que visa a produção de biometano a partir da biomassa de cana e vinhaça, com um investimento previsto de R$ 350 milhões. A capacidade de produção esperada é de 28 milhões de metros cúbicos de biometano. O secretário Jaime Verruck destacou a importância da iniciativa para a estratégia de descarbonização da economia estadual. “Este projeto reforça a diversificação da base de produção e posiciona o Mato Grosso do Sul como um importante player no mercado de energias renováveis”, comentou Verruck.
O biometano gerado na Usina Santa Luzia será inicialmente utilizado para a conversão das frotas da própria unidade e da Usina Eldorado, ambas da Atvos. A expectativa é de que este projeto se torne o maior do Estado na produção de biometano, possibilitando a venda do excedente para o mercado. Verruck ressaltou ainda que o volume de biometano produzido poderá ser distribuído como uma alternativa ao gás natural, além de ser empregado na substituição de veículos a diesel. “Estamos falando de uma oportunidade significativa para reduzir a pegada de carbono no transporte de cargas”, afirmou o secretário.
A MSGás, empresa estadual de distribuição de gás, já demonstrou interesse em adquirir biometano produzido pela Atvos, tendo lançado um edital para a compra do combustível. Verruck destacou o potencial do biometano em substituir o diesel em frotas de caminhões, apontando para uma transformação no perfil energético do Estado. Além disso, o Governo do Estado reduziu o ICMS sobre o biometano como forma de incentivar sua produção e consumo, alinhado ao programa MS Renovável, que promove o uso de energias limpas.