A Usina Santa Clotilde realizou nesta quarta-feira (4), um encontro técnico com o objetivo de discutir a prevenção e combate aos incêndios criminosos que afetam os canaviais da região. O evento contou com a participação de colaboradores da usina, fornecedores de cana, e representantes de diversas entidades do setor agropecuário de Alagoas, além da sociedade civil organizada.
Realizado na sede da unidade industrial, localizada na zona rural de Rio Largo- AL, o ciclo de palestras teve como foco principal os impactos desses crimes, que geram grandes prejuízos para a sociedade e para o setor sucroenergético. Entre os participantes estavam o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Faeal), Álvaro Almeida, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas (Asplana), Edgar Antunes, além de representantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e Militar, e da Aeronáutica.
Durante o evento, o diretor da Usina Santa Clotilde, Daniel Berard, ressaltou a importância do debate e destacou os danos causados pelas queimadas criminosas. “O senso de urgência em relação à preservação do meio ambiente ficou muito claro. Esses crimes trazem prejuízos enormes para as usinas, além de causarem desligamentos de redes elétricas e danos irreparáveis à fauna e flora. Demos início a uma discussão mais ampla, envolvendo toda a sociedade, sobre a gravidade dessas ações. O setor sucroenergético está comprometido com a preservação ambiental, e algo tão simples quanto um fósforo pode causar estragos incalculáveis”, afirmou Berard.
Uma das medidas concretas anunciadas durante o encontro foi a criação de um Disque Denúncia, que servirá como uma ferramenta para facilitar a identificação e responsabilização dos autores de incêndios criminosos.
O superintendente agrícola da usina, Leonardo Costa, também reforçou a necessidade de colaboração entre diferentes setores para enfrentar esse problema. “As queimadas criminosas são um problema antigo e recorrente. Sentimos a necessidade de convocar a sociedade civil para que todos possam se unir e debater essa questão tão grave que afeta todo o país. Os prejuízos são imensos, e sozinhos não conseguimos resolver. É necessário destacar que as usinas realizam queimadas programadas e autorizadas pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), sempre dentro da legalidade”, concluiu Costa.