A Usina Jacarezinho, empresa do Grupo Maringá que produz açúcar, etanol, levedura e energia, prevê uma moagem de cana-de-açúcar para a safra 2024/25 de 2,4 milhões de toneladas, muito próximo ao registrado na safra 2023/24 (2,5 milhões de toneladas). Essa pequena redução está relacionada à significativa diminuição no volume das chuvas, associada à ocorrência de elevadas temperaturas nos últimos meses e à possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña durante a safra.
“Apesar das mudanças dos padrões climáticos, vamos focar no manejo e praticar uma agricultura cada vez mais sustentável e com qualidade”, explica o diretor de Operações Sucroenergético da Usina Jacarezinho, Condurme Aizzo. “Utilizamos produtos biológicos para melhorar a vida presente em nossos solos e estamos trabalhando intensivamente a redução da compactação por meio do controle de tráfego na lavoura. Acreditamos que, dessa forma, mitigaremos as variações climáticas”.
Dessa forma, há a previsão de colheita de 81,9 TCH (Toneladas Colhidas por Hectare) e 10,7 TAH (Toneladas de Açúcares Totais Recuperáveis por Hectare) neste novo ciclo produtivo. Assim como nas últimas safras, a previsão é de que a 2024/25 seja mais açucareira: 72% do total, sendo 36% de açúcar branco e 64% de açúcar bruto. Em relação ao etanol, a expectativa é destinar 28% ao combustível, sendo 44% anidro e 56% hidratado.
Avanços para esta safra
Investimento realizado no ciclo produtivo anterior, a Usina Jacarezinho conta com uma nova Mesa com Sistema de Limpeza a Seco, responsável por retirar até 20 kg de impurezas vegetais e minerais em cada tonelada de cana descarregada após a colheita. A melhoria resulta em um maior aproveitamento da calda extraída e na moagem de até 800 toneladas de cana-de-açúcar a mais por dia. Ao mesmo tempo, os resíduos do processo são reaproveitados na caldeira, para geração de energia térmica, e na compostagem, para produção de adubos.
Outra novidade desta safra é o início da operação de uma biofábrica, com o propósito de substituir os defensivos de origem química, utilizados principalmente no controle de pragas, por produtos biológicos com maior sustentabilidade para a cadeia produtiva. Tal projeto também proporciona a produção de organismos fixadores de nitrogênio e solubilizadores de fósforo, que possibilitam maior resistência à seca para a cultura.
“Assim como nos últimos anos, continuaremos a expandir a utilização de tecnologia em todas as frentes da empresa, seja na agrícola, na industrial e na de processos administrativos”, destaca o CFO do Grupo Maringá, Eduardo Lambiasi. “Também manteremos o aprimoramento contínuo de nossos profissionais, por meio de treinamentos e evolução do nosso modelo de gestão, sempre com os indicadores de ESG como guias fundamentais.”
Leveduras e cogeração de energia
Desde a safra 2023/24, a Usina Jacarezinho tem produzido também três tipos de leveduras (inativa, autolisada e parede celular). Na safra 2023/24 foram produzidas no total de 2.226 mil toneladas de levedura. Para este novo ciclo, a previsão é ampliar a produção em 12,3%, para 2.500 toneladas.
Já a Maringá Energia, unidade de cogeração que utiliza o bagaço da cana-de-açúcar resultante do processo produtivo na Usina Jacarezinho para produzir energia elétrica limpa e renovável, deve manter o patamar da safra 2023/24, quando foram produzidos 95.545 MWh.