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Raízen investe R$ 164,9 milhões e inclui IA no combate às queimadas

O tempo seco e quente contribui para a baixa umidade relativa e a intensificação dos focos de incêndios

Raízen investe R$ 164,9 milhões e inclui IA no combate às queimadas

A Raízen anunciou um investimento de R$ 164,9 milhões na safra 2024/25 em iniciativas para prevenir e combater queimadas nos canaviais. Este investimento inclui a adoção de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, para identificar áreas de risco.

As informações foram divulgadas durante um webinar promovido pela empresa, que discutiu o papel da tecnologia na prevenção de incêndios. Participaram do evento o engenheiro agrônomo Guilherme Lui Paula Bueno, da Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara (Canasol); a meteorologista da Climatempo, Dayane Figueiredo; e os profissionais da Raízen, Hamilton Jordão, gerente de geotecnologia e inovações agrícolas; Fabio Melo, gerente de operações agrícolas; e Isadora Montebello, coordenadora de sustentabilidade. O jornalista Rafael Lisbôa atuou como moderador.

Hamilton Jordão apresentou as ferramentas inovadoras que a Raízen está utilizando para combater incêndios de forma mais eficiente e segura. “A automação dos caminhões-pipa, por exemplo, garante a segurança dos nossos colaboradores e permite que o caminhão se aproxime mais dos focos de incêndio”, explicou Jordão.

A empresa também implementou Veículos de Intervenção Rápida (VIR), conectados à central de controle, que podem se deslocar rapidamente para o local do incêndio, realizando um combate inicial. Em casos de incêndios de grandes proporções, a Raízen aciona a brigada aérea.

O monitoramento via satélite assegura que todas as áreas sejam verificadas a cada cinco minutos. Câmeras monitoram as imagens em tempo real e, em caso de incêndio, a central de controle em Piracicaba é acionada.

O Projeto Helios, uma ferramenta de inteligência artificial, ajuda a identificar as áreas com maior potencial de incêndio, agilizando a resposta das equipes de combate. O Helios Score permite determinar o risco de incêndio em cada área, considerando dados climáticos, informações agronômicas, histórico da área, imagens de satélite e dinâmica urbana. Essa tecnologia resultou em uma redução de 28% no tempo médio de combate aos focos de incêndio.

Dayane Figueiredo, da Climatempo, destacou que os meses de julho, agosto e setembro serão marcados por estiagem agrícola e temperaturas acima da média. O tempo seco e quente intensifica a baixa umidade relativa e os focos de queimadas.

Dayane também apontou que, mesmo com a cessação das emissões de gases de efeito estufa, não seria possível retornar à situação climática do início do século XX. “Não se trata mais de mudança, e sim de adaptação climática”, explicou.

Guilherme Lui de Paula Bueno, da área de Sustentabilidade da Raízen, enfatizou a importância da adaptação às novas tecnologias, mesmo para aqueles que não estão familiarizados com elas. “Graças ao apoio da nova geração, estamos progredindo bem nesse sentido”, afirmou Bueno.

Fabio Melo, gerente de operações agrícolas da Raízen, ressaltou o papel crucial da comunidade na prevenção de incêndios. “Realizamos 23 carreatas de conscientização e notamos um aumento na percepção e conscientização das comunidades”, disse Melo.

A Raízen continua com a Campanha de Combate a Incêndios, com o lema “Quem ama a terra não chama o fogo”. Estão programadas diversas atividades para os próximos meses, incluindo carreatas e blitzes para promover a conscientização nas regiões onde a empresa opera. Ações informativas também serão realizadas em escolas, visando educar e informar a população sobre a importância da prevenção às queimadas.

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