A Raízen divulgou, na noite de terça-feira (23), sua prévia operacional para o primeiro trimestre da safra 2024/25, revelando um aumento significativo na produção e nas vendas, impulsionado por condições climáticas favoráveis e um cenário promissor para os preços do açúcar e do etanol.
A empresa reportou a moagem de 30,9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no trimestre, superando as 26,8 milhões de toneladas do mesmo período do ano anterior. O índice de produtividade, medido pelo ATR (açúcar total recuperado) por hectare cultivado, manteve-se estável em 124 quilos por tonelada, beneficiado pelo clima mais seco.
A produtividade por hectare foi de 88 toneladas, uma leve redução em relação às 89 toneladas registradas no início da safra anterior. A produção de açúcar equivalente foi estimada entre 3,6 milhões e 3,8 milhões de toneladas, acima das 3,1 milhões de toneladas do ano anterior.
As vendas de açúcar aumentaram, totalizando 2,421 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2024/25, em comparação com 1,9 milhão de toneladas no mesmo período do ano anterior. No entanto, esse volume ficou abaixo dos 2,918 milhões de toneladas do quarto trimestre do ano passado. A Raízen atribui esse crescimento anual à sazonalidade do período e à sua estratégia de comercialização.
O preço médio do açúcar foi estimado entre R$ 2.500 e R$ 2.650 por tonelada, levemente abaixo dos R$ 2.652 praticados há um ano. Segundo a empresa, essa variação reflete a realização dos preços fixados para o período.
O etanol ganhou maior destaque no mix de produção, igualando a participação do açúcar em 50%. No segmento de renováveis, as vendas de etanol atingiram 1,274 milhão de metros cúbicos (m³), superando os 1,074 milhão de m³ do primeiro trimestre da safra 2023/24. No entanto, esse volume foi inferior ao registrado no trimestre anterior, de 1,675 milhão de m³.
A produção de etanol de segunda geração (E2G) mais que dobrou, alcançando 16,2 mil m³ nos três primeiros meses da safra 2024/25, comparado aos 7,7 mil m³ do mesmo período de 2023. Esse crescimento foi impulsionado pela capacidade produtiva das plantas dos Bioparques Costa Pinto e de Bonfim.
A companhia informou ainda que os resultados financeiros do primeiro trimestre da safra 2024/25 serão divulgados no dia 13 de agosto.