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Pindorama processa 15.178,378 litros de etanol de grãos

Companhia divulga resultados da primeira moagem de sua usina flex

Pindorama processa 15.178,378 litros de etanol de grãos

Alagoas está no meio do período de entressafra da cana, época em que as usinas produtoras de etanol e de açúcar suspendem suas atividades de fabricação por conta do ciclo de crescimento da matéria-prima. Esse intervalo entre moagens também serve para a realização de reparo nas unidades industriais, necessário para garantir o bom andamento do processo no período seguinte.

No que diz respeito à produção exclusiva do etanol, a Usina Pindorama, que faz parte do complexo industrial da Cooperativa Pindorama, em Coruripe, Litoral Sul de Alagoas, é o ponto fora da curva. Detentora da primeira e única usina de flex do Norte-Nordeste do Brasil, a Pindorama, apesar do encerramento da moagem de cana, em meados de abril, seguiu em pleno vapor com o processamento de milho e de sorgo para a fabricação de etanol anidro e hidratado.

Segundo o gerente industrial da unidade, Erikson Viana, a moagem dos grãos foi iniciada em 05 de novembro de 2023 e seguiu até 24 de maio de 2024. Nesse período, foram processadas 13.814,97 toneladas de milho e 25.190,77 de sorgo, totalizando 39.005,74 toneladas de grãos.

“Essa quantidade de cereais processada resultou na produção de 15.178,378 litros de etanol, um incremento gigante, levando em consideração a entressafra da cana. Estaríamos parados, sem produção alguma, se não tivéssemos uma usina flex. O investimento realizado pela diretoria enriqueceu em muito nosso processo de fabricação”, destacou Viana.

A produção do etanol da Usina Pindorama a partir do milho e do sorgo, ainda gera outra excelente fonte de renda no final do processo. Trata-se do WDG, uma espécie de farelo de grande valor nutritivo para animais como bovinos, suínos, equinos, dentre outros.

O WDG da Pindorama tem gerado grande procura por parte de pecuaristas de vários estados do Nordeste, tanto pelos valores nutricionais, já que conta com cerca de 30% de proteína, como pela economia que gera ao bolso dos ciradores, uma vez que custa quase 50% do valor pago pelo farelo de trigo, por exemplo.

A quantidade de WDG resultante desta moagem foi de 16.161 toneladas.

Erikson Viana destaca as vantagens do WDG tanto para os produtores, quanto para a própria indústria.

“O ganho para o produtor seria ele ter um produto com alto teor de proteína a baixo custo. Para a Pindorama tem o aumento da receita, ou seja, além do álcool extraído do grão, ainda tem todo esse material disponível para venda, para aumentar lucros”, disse Viana.

O presidente da Cooperativa Pindorama, Klécio Santos, classificou como marco histórico a conclusão da primeira moagem da usina de etanol de cereais.

“Isso representa um marco histórico para o Nordeste, principalmente aqui para Alagoas, essa atitude, essa ousadia, essa visão estratégica que tivemos quando implantamos a primeira indústria de etanol de milho do Nordeste aqui na nossa Cooperativa. Essa safra foi a primeira que tivemos uma continuidade, termina a safra de cana e demos sequência à safra de etanol de milho. Isso estava totalmente dentro do nosso planejamento, mantendo a geração de renda e emprego, fortalecendo o caixa da Cooperativa, no sentido de termos essa indústria forte e produzindo. Esse projeto traz, de cara, uma segurança, uma estabilidade e uma estratégia muito interessante para a atividade sucroalcooleira do estado e do Nordeste”, enfatizou Klécio Santos.

No final do último mês de maio, Usina Pindorama encerrou a moagem de grãos. A partir de agora haverá a complementação dos reparos de todo o complexo industrial, visando a próxima safra da cana-de-açúcar, prevista para começar em meados de agosto deste ano.

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