Quem é da região e passa atualmente em frente ao grande portão da Nova Usina Campo Lindo, nas cercanias de Nossa Senhora das Dores e Capela, no pequeno e promissor estado do Sergipe, já não se entristece, como há dois anos. Agora, em vez de ferros amontoados, veículos e máquinas abandonadas, o que se vê e ouve são equipes afinadas cantarolando entre um e outro clarão de solda mig que juntam tubos no apontamento para a safra 2024/25, programada para iniciar já em 4 de setembro.
Bom para os fornecedores da unidade que esperam ver suas dificuldades amenizadas logo após os primeiros caminhões começarem a fazer filas para descarregar suas canas na unidade e o dinheiro correspondente à compra delas começarem a entrar em caixa.
No ano passado um trio de empresários assumiu a gestão da unidade e passou a fazer não apenas um, mas vários apontamentos, afinal muita coisa precisava ser colocada em ordem a fim de fazer com que a unidade voltasse a ostentar orgulhosamente o título de destilaria mais moderna do estado do Sergipe, garante o executivo de operações e sócio, Umberto Gonçalves.
Na safra passada a Nova Campo Lindo conseguiu jogar 496 mil toneladas de cana nas suas esteiras e neste ano a projeção é de moer 600 mil toneladas. Boa parte dessa cana será entregue por grandes e pequenos fornecedores da região. Todos estão certos de que as coisas estão mudando para melhor na região e que agora, nessa retomada da usina que quase foi à falência completa em razão de um golpe que sofreu de um suposto “empresário de sucesso” que “dilapidou” a usina, tanto funcionários, fornecedores de consumíveis e de peças e equipamentos pesados quanto pequenos e grandes proprietários de terras com cana plantada voltarão ao tempo bom e natural de entregar seus produtos e receberem por eles, como é de praxe no comércio. E justo.