Há cerca de 4 anos, a Cooperativa Pindorama aderiu ao RenovaBio, desde então, a empresa tem gerado uma excelente renda extra aos seus cooperados, além de contribuir com a redução da emissão de gases do efeito estufa lançados na atmosfera pela queima de combustíveis fósseis.
De acordo com o engenheiro ambiental Weverton Ferreira, gestor da Coordenação de Meio Ambiente da Pindorama, a primeira certificação da cooperativa no RenovaBio aconteceu em novembro de 2020.
“A partir daí, a empresa já gerou cerca de R$ 8 milhões em créditos de descarbonização, os chamados CBIOS. E esse montante é distribuído proporcionalmente entre os cooperados, a depender do tamanho de seu lote e produção de cana-de-açúcar”, informou Ferreira.
Segundo ele, a Pindorama foi a primeira empresa do estado a aderir à política nacional de descarbonização, tornando-se pioneira no setor sucroenergético alagoano no quesito.
O exemplo da Pindorama agora é seguido pela Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas, que anunciou, há cerca de duas semanas, que, a partir da safra 24/25, prevista para iniciar no final do mês de agosto, também fará a distribuição dos créditos de descarbonização entre os fornecedores do estado.
“A Pindorama tem buscado cada vez mais soluções para contribuir com um futuro mais sustentável, sempre com esse espírito inovador, se tornando modelo nas questões ambientais”, destacou Ferreira.
A engenheira ambiental Juliane Oliveira Rodrigues, que também é membro da Coordenação Ambiental da Pindorama, revelou que, além do RenovaBio, a Cooperativa vem desenvolvendo vários projetos para ampliar os cuidados com o meio ambiente.
“A Pindorama vem desenvolvendo projetos de créditos de carbono em seus mais diversos empreendimentos, com o objetivo de reduzir as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera através de gerenciamento dos seus resíduos, manejo das lavouras com redução no uso de fertilizantes convencionais, além de investir no uso de produtos biológicos. Assim sendo, a Cooperativa mostra mais um vez o seu compromisso com o desenvolvimento econômico, aliado à responsabilidade social e à sustentabilidade ambiental”, pontuou Juliane.
O presidente Klécio Santos afirmou que a empresa tem como política a sustentabilidade, e que só se consegue por isso em prática através de ações que contribuam com a manutenção dos meios naturais, ressaltando a importância do modelo cooperativista.
“O combustível produzido por nossa usina (etanol de cana e cereal) contribui em muito para minimizar os gases de efeito estufa, fazendo com que a camada de ozônio não seja tão impactada. O CBIO vem para estimular ainda mais os cuidados contra a emissão desses gases. Esse busca nossa vem culminar com apoio ao nosso produtor de cana. Todo Crédito de Carbono identificado é comercializado anualmente e proporcionalmente dividido com os nossos associados. Isso é importante, pois além de estarmos beneficiando o meio ambiente de forma efetiva, trazemos, também, para o bolso do pequeno produtor, do nosso cooperado, um ganho que ele jamais teria se não fosse a Cooperativa buscar esses instrumentos. Daí a importância do modelo cooperativista, ferramenta através da qual o pequeno tem vez, tem voz, tem peso e tem ganhos”, destacou Klécio Santos.
Klécio ainda enfatizou a representatividade da diretoria da empresa na captação e distribuição do montante gerado pelos Créditos de Carbono entre os associados.
“Nós fomos buscar e já distribuímos algo em torno de R$ 8 milhões ao longo dos últimos três anos. É um montante que está dentro da economia da nossa região. Isso é resultado da força da nossa união, da nossa Cooperativa e da visão da gestão, que busca esse tipo de benefício em prol de todos”, disse Klécio Santos.
CBIO
O CBIO é um Crédito de Descarbonização ou Crédito de Carbono criado pelo programa governamental RenovaBio, lançado há mais de cinco anos pelo Ministério de Minas e Energia (MME). É um título emitido por empresas licenciadas e produtoras de biocombustíveis que, a partir de suas operações, contribuem com a agenda climática global.
A cada CBIO emitido, uma tonelada de carbono deixa de ser lançada na atmosfera. Hoje, a Pindorama tem a capacidade de emitir mais de 40 mil CBIO’s por safra, sendo uma das principais emissoras do setor sucroenergético.