A BP Bunge Bioenergia marcou presença no Workshop Brasil Japão de Biocombustíveis, realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (19), a partir de uma cooperação entre a Associação Brasileira da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (UNICA), o Instituto de Economia e Energia do Japão e o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Na ocasião, Ricardo Carvalho, Diretor Comercial de Originação da companhia, esteve entre os convidados de um dos painéis do evento, que tratou sobre Tendências do Setor de Biocombustíveis no Brasil.
O painel teve como objetivo refletir sobre iniciativas e projetos relacionados aos biocombustíveis desenvolvidos por empresas brasileiras e japonesas, promovendo uma discussão sobre desafios e oportunidades referentes ao tema. Carvalho reforçou a importância do etanol no contexto da transição energética, devido a sua maior eficiência na redução da emissão de carbono, que é hoje uma preocupação de governos, instituições e corporações do mundo inteiro.
“Sabemos que as vias para a transição energética são as mais variadas, mas o etanol certamente tem um papel estratégico neste cenário, uma vez que se trata de uma solução que já está disponível, produzida em escala globalmente, pronta para utilização e com potencial para diferentes aplicações”, comentou o diretor.
Ele reforçou ainda que, no caso do etanol produzido à base de cana-de-açúcar, além de naturalmente ter uma eficácia maior no que se refere à redução da pegada de carbono, este potencial se amplia ainda mais a partir da adoção e aplicação de práticas sustentáveis dos canaviais, a chamada agricultura regenerativa, na qual a BP Bunge é referência no mercado brasileiro. “Um dos exemplos da companhia que podemos mencionar nesse sentido é a ampliação do uso de bioinsumos nas plantações, uma iniciativa que tem nos levado a avançar na substituição de fertilizantes minerais por alternativas biológicas, um processo que gera excelente resultado, uma vez que os biológicos têm um alto impacto sobre a pegada de carbono”, explicou Ricardo.
Para o executivo, o cenário guarda boas perspectivas para o Brasil, que já é hoje um dos principais exportadores de etanol do mundo. “Na BP Bunge já temos negócios com grandes mercados, como Estados Unidos e Europa, que têm foco maior no etanol para fins carburantes, ou seja, para uso como combustível de fato; além de Japão e Coreia, utilizam o etanol para outras finalidades, como na indústria de cosméticos e bebidas. Com novas oportunidades que surgem a partir de novidades como o SAF (combustível sustentável de aviação), a tendência é que o panorama siga positivo”.
No evento, ele reforçou também que o Brasil tem ampla capacidade de produzir, transportar e exportar o etanol para um programa como o do Japão. Essa capacidade instalada de produção de etanol já está disponível, não é nem necessário expandir canavial para atender um programa robusto. “Hoje o Brasil está maximizando açúcar, mas no caso de maximizar etanol, poderia cumprir a plenitude das metas de descarbonização da matriz aérea japonesa no momento presente”, afirma.
Sobre o SAF, vale contextualizar que a BP Bunge recebeu, em 2023, a certificação ISCC CORSIA (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation), que confirma que o etanol produzido pela empresa está em conformidade com os padrões internacionais determinados para a produção desse biocombustível.