Usinas

Automação e 60% de colheita mecanizada dão novos ares à Campo Lindo

A unidade começa a viver um novo e bom momento

Automação e 60% de colheita mecanizada dão novos ares à Campo Lindo

A destilaria Nova Campo Lindo, abrigada em uma espécie de parceria tácita pelos municípios sergipanos de Nossa Senhora das Dores e Capela, já está pronta para ativar todos os seus processos de forma automatizada, a partir deste 4 de setembro, quando começará a moer.

Neste momento, embora sua capacidade instalada possibilite que esmague até 1,2 milhão de toneladas, de acordo com as previsões iniciais, a unidade chegará ao final da safra com 600 mil toneladas de canas trituradas, das quais 60% serão colhidas de forma mecanizada, uma porcentagem admirada e invejada em termos de Nordeste.

A unidade começa a viver um novo e bom momento. Isto porque há menos de dois anos foi vítima do que seus ex-proprietários, diretores, colaboradores, fornecedores de insumos e de cana terceirizada consideram ter sido um duro golpe do investidor Roberto Campos Marinho Filho que, à frente da empresa Bams Participações assumiu a unidade, mas ao final não honrou as tratativas de recuperá-la judicial e industrialmente.

O ano em que a unidade ficou parada foi um desastre, recordam-se os colaboradores. Nas mãos de Roberto Campos Marinho Filho – embora depois ele não aparecesse oficialmente no contrato assinado pela Bams Participações, mas sim seu estafe, por procurações, a usina não moeu, mas virou um bagaço.

Durval César de Menezes Lima Neto: novo tempo no agreste sergipano

De acordo com informações da administração anterior, em vez de aportar dinheiro para colocar a usina em funcionamento, conforme o que fora contratado, o “empresário” (dizem assim mesmo, entre aspas), sugou os poucos recursos que a usina tinha, vendendo toda a sua safra própria, cujo dinheiro jamais apareceu no caixa na usina.

Conforme informações de Durval César de Menezes Lima Neto, gerente agrícola da unidade de 2016 a 2022, poucos dias depois que a Bams Participações assumiu a unidade, em vez de aportar dinheiro no empreendimento a fim de apontá-la para a safra de retomada no ano passado, tudo parou, atrasou ou não foi pago.

Ao assumir no ano passado, a nova diretoria quitou boa parte da conta, próxima dos R$ 800 mil reais, informa o deputado e também diretor, Christiano Rogério do Rêgo Cavalcante, e passou a pagar de forma parcelada as dívidas anteriores, que incluem as trabalhistas.

Seus fornecedores de insumos, especialmente os de cana e os colaboram esperam, agora, que a nova gestão consiga recuperar a unidade e honrar seus compromissos para esta safra.