JornalCana

Usinas no vale da decisão

Dados do Anuário da Cana 2011 revelam que metade da produção no Brasil já está nas mãos de 20 grandes grupos. As projeções indicam que até 2020 estes grupos se agigantarão e passarão a deter em torno de 80% produção brasileira. Tamanha voracidade por concentração incute nas unidades que compõem a outra metade (as pequenas e médias usinas independentes, por assim dizer) a dúvida sobre se vale a pena insistir no mercado tal qual um Davi de estilingue na mão contra um Golias armado até os dentes.

A maioria das pequenas e médias unidades está no vale da decisão. Uma parte está desistindo e tem suas razões. Talvez sinta que seu tempo acabou, seus herdeiros não têm a disposição necessária para continuar a jornada ou querem partir para outros negócios, enfim…

O que era uma tendência há alguns anos – concentração de muitas unidades por poucos grupos, consolidações e fusões – hoje é realidade. Simultaneamente, o nível de pressão a que as usinas estão sujeitas está mais alto – e disso e as saídas para isto falaremos nas próximas edições do JornalCana, revista Energia Mundo e BIO&Sugar.

Ainda que incipiente neste momento, já há prospecções no mercado. Elas devem se avolumar depois dos próximos 3 a 4 meses de 2012. Entendemos que este final de 2011 e o início de 2012 será crucial. É, portanto, o período ideal para se tomar decisões estratégicas.

Uma delas é se devem ou não permanecer no segmento. Se decidirem por ficar, devem discutir, entre outros fatores, de que forma querem continuar, se querem sociedade e que tipo de sociedade; a segunda decisão é se vão continuar sozinhos ou acompanhados, ligados a um pool de unidades afins para juntas, se fortalecerem e ganhar escala competitiva.

Este é o momento ideal, porque ainda há tempo para que as diretorias das unidades discutam francamente se estão dispostos a investir estrategicamente em suas empresas, em governança corporativa e em alianças com outras unidades em situação semelhante a fim de ganharem força para acompanhar os avanços do momento.

Afinal, o que é melhor, enfrentar uma tempestade sozinho ou acompanhado? (O editorial faz parte da nova edição (213) do JornalCana).

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