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Usinas do NE terão ganhos menores que no Centro-Sul

Com os embarques de açúcar programados para começar a partir de outubro deste ano, as usinas de açúcar e álcool do Nordeste do país não aproveitaram a boa fase dos preços do açúcar no mercado internacional, vista no primeiro semestre deste ano.

As exportações nordestinas estão estimadas em 2,1 milhões de toneladas, das quais quase dois terços já estão com os preços fixados, afirma Renato Cunha, presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar).

Com as contas na ponta do lápis, os especialistas do setor observaram que os preços médios negociados pelas usinas do Nordeste devem ficar abaixo das cotações negociadas no Centro-Sul do país. Em setembro, início da safra nordestina, os preços internacionais do açúcar acumulavam queda de quase 20% no ano. Quatro meses antes, quando o Centro-Sul iniciava a colheita, os preços ainda estavam em patamares mais remuneradores.

“O Centro-Sul teve oportunidade de fixação melhor”, afirma Manoel Garcia, presidente da trading S/A Fluxo. De acordo com Garcia, o início da safra do Nordeste coincide com o ciclo da Tailândia e da Índia. “Esses dois países asiáticos ainda têm a vantagem do frete marítimo mais barato que o do Nordeste”, diz.

A vantagem competitiva do Nordeste fica por conta das cotas americanas de açúcar. Os nordestinos têm preferência nas exportações de açúcar para os EUA. São 152 mil toneladas de açúcar, com preços quase quatro vezes acima do praticado em Nova York, afirma Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro. (MS)

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