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Usinas do NE apostam no triângulo mineiro

O Triângulo Mineiro tornou-se a principal aposta dos grupos sucroalcooleiros do Nordeste. O Grupo Coruripe, com duas usinas na região, vai investir mais R$ 60 milhões na construção de uma planta em Limoeira do Oeste. O Grupo Carlos Lyra anunciou um aporte de R$ 100 milhões em uma terceira usina no Triângulo Mineiro, mas não definiu o local. Na mesma situação está o Grupo João Lyra.

Pesam na decisão dos usineiros as boas condições de solo e de clima da região, ao contrário da acidentada topografia nordestina, além das perspectivas otimistas de crescimento das exportações e os benefícios fiscais oferecidos em Minas.

“Em 10 ou 15 anos, o Triângulo Mineiro poderá ser tão importante quanto Ribeirão Preto”, aposta o assessor da direção do grupo Carlos Lyra, Abel de Miranda Uchôa. Principal executivo do grupo em Minas, ele estima que será possível aumentar em 50% a capacidade de produção de açúcar até 2007. A capacidade atual é de 6 milhões de toneladas de cana e a meta é atingir 9 milhões de toneladas.

Além do investimento de R$ 100 milhões em uma nova usina, o grupo investirá outros R$ 100 milhões para ampliar a capacidade de produção das duas unidades compradas antes, uma em Delta e outra em Conceição das Alagoas.

Além do aumento das vendas do açúcar, Uchôa acredita no potencial para o álcool. “O futuro do álcool promete”, disse.

O grupo Coruripe, de Alagoas, já está produzindo 180 milhões de litros de álcool e 4 milhões de sacas de 50 quilos de açúcar nas unidades de Iturama e Campo Florido. Segundo o gerente geral, Rui Gomes Nogueira Ramos, a meta é colocar a usina de Limoeira do Oeste em operação em 2005.

Segundo dados do Sindaçúcar de Minas, o Triângulo Mineiro responde por 65,2% da produção de cana no Estado. No último ano, a produção de açúcar cresceu 13,4%, atingindo 1,093 milhão de toneladas. Na produção de álcool, o crescimento foi ainda maior: de 22,5%, chegando a 776 milhões de litros. Segundo o presidente do Sindaçúcar, Luiz Custódio Cotta Martins, o crescimento é resultado, em grande parte, da expansão dos negócios na região do Triângulo.

Com volume crescente de produção, os grupos instalados na região negociam com a Companhia Vale do Rio Doce a construção de um terminal açucareiro em Uberaba para o embarque ferroviário da produção para o porto de Vitória, o que reduzirá o custo do frete em 40,6%.

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