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Usinas de cana buscam recurso para a moagem

Com o crédito ainda escasso e caro dos bancos, o setor sucroalcooleiro busca nos fundos de investimentos o financiamento para repactuar dívidas e mesmo para tocar a moagem da cana-de-açúcar na safra 2009/10. Plínio Nastari, presidente da consultoria Datagro, explica que a conjunção da alta de preços do açúcar no mercado internacional com os juros baixos nos Estados Unidos está atraindo os fundos de investimentos para o setor sucroalcooleiro.

“As commodities passaram a ser vistas como reserva de valor. Esse movimento está, no entanto, calçado no fundamento do mercado que prevê déficit de 7,8 milhões de toneladas na oferta mundial de açúcar”, disse. “Se não houvesse déficit, os fundos não estariam investindo em açúcar”, completou, lembrando que o Brasil é o único país do mundo a suprir parte desse déficit.

Com custo de produção entre US$ 0,10 e US$ 0,11 por libra-peso, o açúcar é negociado a US$ 0,15 no exterior. Além de capitalizar as usinas, os recursos advindos das exportações são utilizados, ainda, para compensar o prejuízo dado pelo álcool combustível, vendido em média a R$ 0,60 o litro nas unidades produtoras, abaixo do custo estimado de R$ 0,70 o litro.

A liberação dos R$ 2,5 bilhões para financiar a estocagem de álcool, por meio do BNDES, ainda é lenta, já que as exigências do banco impedem as já endividadas companhias de contraírem novos empréstimos.

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