Usinas de bioeletricidade enfrentam dificuldades na distribuição

O estudo “Conexão de cogeradores aos sistemas de distribuição: barreiras no acesso e sugestão de regulação”, encomendado pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) junto a Volga Consultoria e apresentado à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), no último mês de outubro, mostra que usinas produtoras de bioeletricidade a partir da cana, apresentam barreiras para que a energia chegue até as redes nacionais de distribuição.

Conforme o relatório do levantamento, o ponto principal do trabalho foi levantar quais os aprimoramentos necessários na regulação de acesso às redes de distribuição, para que sejam reduzidas as barreiras enfrentadas por cogeradores na conexão de suas usinas aos sistemas de distribuição de energia elétrica. “Foi realizado um diagnóstico da situação considerando os aspectos conceituais da regulação de monopólios e os problemas previstos na literatura sobre regulação de acesso às redes”, cita o relatório.

Os principais obstáculos, de acordo com o que a pesquisa aponta, são: a demasiada demora no processo de conexão das usinas produtoras de eletricidade com as redes de distribuição de energia e os altos custos que as usinas têm com a distribuição elétrica, em diversos aspectos. Por causa desses fatores, hoje em dia é comum que essas usinas cogeradoras, que comercializam o excedente de eletricidade para o setor energético, negociem a utilização de redes de distribuição junto às distribuidoras, que são as proprietárias desses sistemas.

Em outras palavras, o estudo comprova que existe um problema entre quem vende a energia, o cogerador e quem distribui a energia, que é responsável pela rede que transporta a eletricidade. “Foram identificadas seis principais barreiras no acesso às redes de distribuição, para as quais se propõem medidas no âmbito da Aneel que poderiam melhorar a viabilidade da oferta de energia elétrica a partir das usinas de cana-de-açúcar”, complementa.

Leia mais no JornalCana 215.