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Usinas de beneficiamento da cana têm capacidade para aumentar produção em 15%

A competitividade do etanol no mercado brasileiro de combustíveis vem sendo afetada por uma série de fatores nos últimos anos. Atualmente as usinas de beneficiamento da cana-de-açúcar para a produção de açúcar e álcool trabalham com uma folga de 15% da capacidade máxima de produção. Para obter aproveitamento total dessas usinas é necessário aumentar a plantação de cana-de-açúcar, que precisa de investimento para poder crescer. O setor, porém, passa por uma crise de ordem econômica e climática.

De um lado existe grande dificuldade por parte dos empresários em levantar recursos para investimento, uma vez que não possuem crédito com os investidores. Do outro, existe uma crise na oferta de etanol que já dura três anos. Na safra de 2009/2010 a chuva prejudicou a colheita. Na safra 2010/2011, foi a vez da seca, tão intensa que afetou também a safra seguinte. Para completar o quadro a alta no preço do açúcar está roubando cana que seria destinada à produção de etanol.

O coordenador geral do departamento de combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marlon Arraes Jardim Leal, esteve em Curitiba nesta quarta-feira (17) para ministrar palestra sobre o mercado e as tendências no uso de biocombustíveis, durante o 6º Congresso Internacional de Bioenergia. Ele explicou o que pode ser feito para melhorar a situação do setor. “No curto prazo é preciso incentivar o plantio, que tem ciclo de vida de 5 anos. A médio prazo devem ser implantadas mais usinas e a longo prazo tomar medidas que auxiliem a manter o ciclo de investimentos no setor”, esclarece.

Leal acredita que o desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de etanol seja uma saída para tornar os preços mais competitivos frente a outros combustíveis. Uma alternativa que esta sendo desenvolvida pela União da Indú stria de Cana e Açúcar (ÚNICA) é a segunda geração do etanol, que utiliza além do caldo e do melaço, o bagaço e a palha, otimizando a produção. Um hectare de cana pode produzir 7 mil litros de etanol convencional, enquanto a mesma área pode produzir mais de 12 mil litros de etanol da segunda geração, além de outros subprodutos, como biohidrocarboneto e biobutanol, como mostrou o assessor da presidência em tecnologia da ÚNICA, Alfred Szwarc na palestra Etanol – Pesquisa e Desenvolvimento no Setor sucro alcooleiro, durante o mesmo Congresso.

Evento

Promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Senai Paraná e a Remade, sob a coordenação técnica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o 6° Congresso Internacional de Bioenergia reúne empresários, técnicos, pesquisadores e profissionais de diversas áreas para debater temas importantes em todo o mundo, como biodiesel,energia renovável, resíduos vege tais, carbono e legislação ambiental. O evento segue até sexta-feira (19), no Centro de Eventos da Fiep.

Simultaneamente, ocorre a BIOTech Fair 2011 – 4ª Feira Internacional de Tecnologia em Bioenergia e Biocombustível, que reúne mais de 50 expositores que estão apresentando novas tecnologias para a geração da energia limpa.

Informações: www.bioenergia.net.br ou contato@bioenergia.net.br

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