Usinas de Alagoas vão recuperar matas ciliares
O Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE) e o Sindicato das Usinas de Açúcar do Estado de Alagoas (Sindaçúcar) assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o objetivo de recuperar as matas ciliares localizadas em propriedades pertencentes às usinas alagoanas.
A partir da assinatura deste TAC, as unidades industriais têm até 2018 para executar os projetos de recuperação das matas ciliares. Em 2008, o Grupo Carlos Lyra participou da assinatura de um TAC preliminar se comprometendo juntamente com as demais usinas de Alagoas a elaborar planos de recuperação para as matas ciliares próximas às áreas de cultivo.
Nos próximos dez anos, algo em torno de 32 milhões de mudas serão plantadas em áreas que, ao longo de décadas, foram substituídas pela cultura da cana. De acordo com o diretor-presidente do Instituto para a Preservação da Mata Atlântica (IPMA), Fernando Pinto, a iniciativa vai promover benefícios às áreas de matas ciliares, permitindo a formação de corredores florestais, interligando os fragmentos hoje isolados.
O ambientalista assinalou ainda a criação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Salvador Lyra, localizada na Usina Caeté – Unidade Marituba, com 1.392 hectares totalmente preservados.
Segundo o diretor do Grupo Carlos Lyra, Aryl Lyra, as três unidades industriais de Alagoas já promoveram ações ambientais contempladas no TAC, a exemplo da regeneração natural de cerca de 50 hectares e restauração de 22,07 hectares de mata ciliar.
As usinas também desenvolveram atividades de educação ambiental envolvendo alunos da Escola Conceição Lyra em plantios em áreas de matas ciliares, visitas ao viveiro de produção de mudas e às trilhas ecológicas, bem como ações pontuais, como a construção de uma cerca de proteção na mata ciliar, separando o gado da margem do riacho Retiro, que deságua no rio São Miguel.
