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Usinas da Copersucar iniciam emissão de títulos no RenovaBio

Companhia já tem 21 das suas 34 usinas certificadas

Empresa aguarda criação do sistema de registro de operações da B3 para comercializar os CBios

A Copersucar possui 21 unidades certificadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e deve ter 100% das suas usinas nestas condições nas próximas semanas, com potencial para gerar 6 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios) por ano nas 34 unidades sócias da companhia.

“A empresa já aderiu a plataforma de Créditos de Descarbonização e já emite pré-CBios regularmente e tão logo a B3 inicie o registro e negociação, a companhia estará preparada para ofertar os títulos das suas usinas”, afirmou a Copersucar.

O primeiro grupo econômico associado à Copersucar a aderir à Plataforma CBio foi a Zilor, que produz etanol de cana-de-açúcar em suas unidades São José, Barra Grande e Quatá, todas no interior de São Paulo. Para certificar as três usinas da Zilor, foi preciso o desenvolvimento de um módulo específico que trouxe algumas diferenças de procedimento na contratação da ferramenta.

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“O grupo é pioneiro e tem auxiliado as outras usinas associadas no processo de contratação dessa plataforma, juntamente com a Copersucar”, afirma o gerente de Comunicação e Relações Institucionais da Copersucar, Bruno Alves.

A ferramenta, desenvolvida pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), é considerada fundamental para a confiabilidade do RenovaBio. Ela realiza a validação dos dados na Receita Federal e calcula quantos créditos podem ser escriturados, levando em conta o volume de venda. Validados pelo sistema, os pré-CBios estão prontos para a escrituração por uma instituição financeira, tornando-se assim papéis negociáveis na B3 e, a partir dessa etapa, passam a ser considerados CBios.

Para Fabiano Zillo, presidente do Grupo Zilor, o RenovaBio, que busca reduzir a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), trará de volta um novo círculo virtuoso para o setor sucroenergético. “O Programa trará uma maior previsibilidade durante os próximos anos, oferecendo às empresas condições de planejarem os investimentos de forma sustentável”, avalia.

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Segundo Zillo, será possível analisar criteriosamente melhorias nos parques fabris já instalados. “Podemos planejar o aumento do mix de produção de etanol ou de aquisição e construção de novas unidades produtoras”, analisa. “Atuamos como agentes da mudança para uma economia sustentável de baixo carbono.”

A criação do sistema de registro de operações da B3, prevista para estar disponível a partir do fim de abril será o próximo passo para a comercialização dos CBios. “A Copersucar será responsável pelas ordens de escrituração do pré-Cbio e de venda do CBio escriturado no mercado. A formalização do contrato de escrituração é feita pelo banco escriturador com cada grupo de usinas e com a Copersucar. Após formalização dos contratos, o CBio pode ser comercializado”, explica a companhia.

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