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Usinas assumem compromisso para recuperação das matas ciliares

O Ministério Público de Alagoas, em parceria com o Instituto do Meio Ambiente (IMA) e o Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar), está elaborando, desde o final do ano passado, um projeto técnico de recuperação das matas ciliares nas áreas de preservação permanente, situadas às margens de rios e lagoas, nas proximidades dos canaviais ou das unidades industriais.

O termo de compromisso preliminar para a implantação do projeto foi assinado por diretores das usinas ligadas à Cooperativa dos Usineiros e ao Sindaçúcar, em solenidade realizada em fevereiro deste ano, no Palácio República dos Palmares. Segundo o promotor de Justiça Alberto Fonseca, 23 usinas, além da Cooperativa Pindorama, assinaram o termo de compromisso preliminar e se comprometeram com o projeto. O TAC definitivo deve ser formalizado até novembro.

Durante entrevista, em Brasília, no início de julho, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, destacou o empenho do setor sucroalcooleiro alagoano na preservação ambiental. Na avaliação do promotor de Justiça Alberto Fonseca, historicamente, o setor sucroalcooleiro já foi um dos grandes responsáveis pela degradação do meio ambiente do estado. “Nos últimos anos, algumas usinas têm adotado medidas de preservação ecológica, mas de forma isolada. A partir desse projeto, teremos uma ação conjunta, de todas as usinas unidas em prol da recuperação das matas ciliares de Alagoas, participando ativamente do reflorestamento das áreas degradadas”, garantiu Fonseca.

Segundo ele, as Usinas Coruripe, Capricho e Serra Grande foram as pioneiras nesse trabalho. O grande diferencial do projeto é a inserção social que ele vai gerar, a partir do reflorestamento das matas ciliares. “A seleção e o plantio das mudas serão feitos pelas usinas, mas a manutenção das espécies reflorestadas será realizada por famílias de moradores da região, cadastrados com a finalidade de cuidar da plantação. Em troca disso terão direito a explorar a área, ao redor das árvores maiores, com culturas de subsistência”, explicou a promotora de Justiça Dalva Tenório, que também incentiva o projeto. Segundo ela, “as usinas que ainda não estão realizando esse trabalho terão que apresentar, até novembro deste ano, um plano de recuperação das matas ciliares próximas às áreas de plantio de cana”.

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