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Usinas alagoanas sugerem pagamento da equalização em títulos

Os empresários do açúcar e do álcool de Alagoas propõem que a dívida do Governo Federal com o setor canavieiro (referente ao Programa de Equalização de Custos da Cana-de-Açúcar) seja paga em títulos públicos federais, com vencimentos entre cinco e dez anos. A revelação foi feita no último dia 29, pelo presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério de Melo Nogueira.

“O governo enfrenta dificuldades de caixa. E como o volume de recursos em questão é alto, apresentamos uma sugestão que pode resolver, de imediato do problema, que é a securitização da dívida. As empresas poderão negociar os títulos no mercado, gerando um aporte imediato”, avaliou Robério.

No entanto, ele reconhece as dificuldades que a maioria dos fornecedores de cana teria, enquanto pessoa física, para negociar os títulos. Por isso, o Sindaçúcar-AL também propôs que o pagamento dos fornecedores fosse feito em dinheiro.

“Nós aceitamos, dada as diferenças, que as indústrias recebem em títulos e os fornecedores em dinheiro. Essa é uma proposta que, acreditamos, dá condições ao governo de pagar todo o saldo devido, sem a necessidade de um desembolso maior”, explicou.

O Sindaçúcar/AL acredita que existe vontade do governo federal em resolver a questão.

Programa de Equalização – O governo federal não repassa os recursos do Programa de Equalização de Custos da Cana-de-açúcar para os produtores do Nordeste desde 1° de janeiro de janeiro de 2002. O saldo devedor até hoje chega a R$ 832 milhões. Deste total cerca de 45% é devido a fornecedores e 55% a indústrias. “De todo o saldo da equalização, 48% são devidos aos produtores alagoanos. Isso representa mais de 400 milhões”, explicou.

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