A usina São Luiz no município de Ourinhos, em São Paulo, replantou mais de 360 hectares de Mata Atlântica. Com a iniciativa, animais nativos apareceram no local e nascentes de rios ficaram com ainda mais água, facilitando, inclusive, o cultivo.
Segundo Manoel de Andrade, gerente de meio ambiente da usina, no plantio de 550 mil árvores, somado ao custo de manutenção delas por três anos, foram investidos cerca de R$ 11 milhões. Ele explica que cada árvore, além do valor da semeadura, exige entre R$ 20 a R$ 30 neste período.
O investimento permitiu aumentar a reserva legal e recuperar áreas de preservação permanente. Também gerou mais matéria orgânica no solo, o que torna o ambiente mais propício para que a semente caia e germine.
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Além disso, as nascentes da região se desenvolveram e isso é bom para a natureza e para a produção, já que essa água pode ser usada no cultivo. Para processar uma tonelada de cana vão 690 litros de água. Na época da safra, entre abril e dezembro, são moídas 16 mil toneladas por dia.
Com a preservação, os reservatórios da usina quase não sentiram a seca enfrentada na área. Essa recuperação da mata e dos rios também impediram a erosão e assoreamento dos rios e ainda formou um corredor ecológico nos trechos mais compridos de vegetação.
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Juntamente, vieram os animais, como passarinhos e até outros maiores, como a onça-parda e o tamanduá-bandeira. A estimativa é de que o aumento de espécies no local foi de até 60%.
Apesar de ter o açúcar e o álcool como produtos principais, a empresa também gera ração animal com a levedura da produção do combustível e usa alguns resíduos, como a vinhaça, para adubar o campo.
Além disso, o bagaço da cana queimado nas caldeiras gera energia elétrica que supre a usina e também é comercializada.
O investimento em reflorestamento possibilitou que a usina ingressasse no programa RenovaBio, obtendo renda com a comercialização dos Créditos de Descarbonização (CBio).