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Usina São José da Estiva prevê crescimento de 6% na safra 2022/23

Para superintendente da usina, o setor só deve se recuperar a partir da safra 2024/25

Depois de um ano marcado por seca, geadas e queimadas a recuperação do canavial deverá ser lenta e gradual.

O superintendente da Usina São José da Estiva, Roberto Holland Filho, estima um crescimento de 6% para a safra 2022/23 em relação à temporada anterior.

“Depois de um ano para se esquecer, tivemos um regime de chuvas dentro da normalidade, o que nos dá bons prognósticos para os próximos meses. Na safra passada tivemos uma quebra de 25% na produção de cana, devido à seca, e ainda tivemos geada e incêndio nos canaviais. Tudo isso causou a morte de muita cana, e hoje vemos muitas áreas de cana com falhas significativas, o que leva à necessidade de maior reforma dos canaviais. Este foi um dos focos de trabalho das nossas equipes na preparação para as próximas safras”, disse.

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Roberto Holland Filho

Para minimizar a quebra do canavial em 2021/22, a usina ampliou a área de plantio. Holland explica, no entanto, que o resultado das ações de reforma nas plantações, só devem ser sentidos mais adiante.

“Plantamos mil hectares a mais do que foi planejado a fim de minimizar a quebra do canavial. A reforma das plantações é importante para este reequilíbrio, mas os resultados vêm mais adiante. Se os prognósticos climáticos se mantiverem, acredito que voltaremos à uma produção normal na safra 2024/25”.

A usina também apostou numa safra mais curta, adiando o início da moagem para o mês de maio. “Tendo em vista que o pico de maturação da cana se dá entre os meses de julho e setembro, e o fato de termos menos cana para processar este ano, decidimos adiar o início da safra para maio, mantendo o término em meados de outubro, tentando, assim, conseguir um teor de sacarose maior possível. Nossa moagem começou em 02 de maio”, informou Holland.

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Mesmo com a expectativa de crescimento de 6%, a produção ainda deverá ficar 20% abaixo da capacidade da usina, apresentando um mix mais alcooleiro, visando o abastecimento do mercado interno.

“Estimamos uma safra 6% maior que a anterior, porém, ainda 20% abaixo da nossa capacidade. Nosso mix de produção será um pouco mais alcooleiro que na safra passada, acompanhando o esperado por todo o setor, tendo em vista a necessidade de garantir o fornecimento de etanol no mercado interno, além do preço do biocombustível estar momentaneamente remunerando mais que o açúcar. Estamos confiantes de que as ações executadas no período de entressafra, tanto na indústria como no campo, trarão resultados significativos”, avalia Holland.

 

 

 

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