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Usina Lucélia garante preço de venda de créditos de carbono

Os créditos de carbono gerados pelo projeto de MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo) da Central de Álcool Lucélia, de Lucélia, SP, vão se transformar em dinheiro real. A EcoSecurities, líder mundial do setor de crédito de carbono, garantiu preço fixo de compra para os créditos já emitidos e para os créditos que ainda serão gerados pela usina.

A Central de Álcool Lucélia utiliza uma tecnologia que aumenta a eficiência da cogeração de energia oriunda do bagaço da cana-de-açúcar. Considerado um combustível renovável, o bagaço de cana-de-açúcar alimenta fornalhas e caldeiras mais eficientes, fornecendo o vapor necessário para a produção da eletricidade limpa. O excesso de energia, que não é utilizado pela usina, é vendido para o Sistema Interligado Nacional (SIN), e substitui a energia produzida por combustível fóssil das plantas termoelétricas, o que evita a emissão de carbono na atmosfera.

Este projeto MDL foi registrado nas Nações Unidas, em março deste ano, como um “promp start”. Isto significa que as reduções de emissões de CO2, verificadas antes do registro, também se transformam em créditos. Assim, com a garantia da EcoSecurities de um preço fixo para os créditos já gerados e os créditos que ainda serão emitidos, a Central de Álcool Lucélia pode contabilizar, agora, seus rendimentos futuros além de proteger-se da variação de valores no volátil mercado de créditos de carbono. “Desde a implantação do projeto, em 2002, conseguimos com a produção de energia aumentar em 2% o faturamento da empresa, o que representa cerca de R$ 2 milhões ao ano, e agora, vamos faturar também com a venda dos créditos de carbono para a EcoSecurities”, informa Pascoal Micali, diretor administrativo da Central de Álcool Lucélia.

Para obter o máximo de redução de emissões de CO2 do projeto, a EcoSecurities assumiu também o monitoramento do projeto. “O principal obstáculo para o desenvolvimento de projetos de MDL é a dificuldade para definir os preços e riscos de venda futura”, afirma Pedro Moura Costa, presidente e CEO da EcoSecurities.

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