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Usina Estreliana aperfeiçoa sistemas industriais

A Usina Estreliana, localizada na Zona da Mata de Pernambuco, está fazendo um “upgrade” em seus sistemas e equipamentos de forma a obter melhor perfomance e qualidade na produção de açúcar. A usina, que historicamente sempre moeu uma média de 220 toneladas de cana/hora, ultimamente vem trabalhando com a moagem de 180 toneladas de cana/hora. O projeto a ser implementado no próximo exercício visa elevar este volume para 250 toneladas de cana/hora nos próximos anos. “As melhorias serão aplicadas de forma escalonada. Os gargalos existentes serão eliminados gradativamente até o resultado esperado ser alcançado”, diz o consultor Getúlio Andrade, da empresa de consultoria pernambucana especializada no setor sucroalcooleiro GTCA.

Os investimentos projetados para 2003 envolvem a aquisição de uma peneira rotativa para caldo misto, um decantador de caldo, reforma no secador de açúcar, construção de uma torre de pré-foculação, reforma da torre para decantação já existente. Também estão projetadas melhorias do balanceamento térmico da usina com modificações nos sistemas de aquecedores e evaporadores. O balanceamento hídrico também será beneficiado com um aproveitamento total do condensado.

A melhoria do sistema de decantação vai permitir uma melhor qualidade do produto final: o açúcar. “Vamos tirar um ponto de estrangulamento da fábrica na moagem e na produção. O impacto na qualidade se dará de maneira direta”, comenta Andrade. O sistema de decantação atual da usina permite uma operação que aproveita entre 60% e 70% do sistema de decantação. Com o “upgrade” esta eficiência deverá ser ampliada para 100% uma vez que um dos principais pontos de estrangulamento será eliminado.

O balanço térmico e energético será feito de forma conjunta entre evaporadores e aquecedores. A Estreliana vem utilizando suas duas caldeiras de forma a conseguir auto-suficiência na produção de energia no limite de sua capacidade operacional. “Com este novo investimento nesta parte específica da usina o resultado será uma folga desta capacidade em torno de 15%”, afirma Getúlio Andrade. O balanceamento hídrico permitirá um melhor aproveitamento da água condensada aumentando a eficiência das turbinas gerando conseqüentemente mais vapor. Os investimentos em melhoria industrial na Usina Estreliana começaram cerca de dois atrás. Os motivos foram a necessidade de recuperar o tempo e a tecnologia perdida ocasionada pela crise do setor sucroalcooleiro ao longo das décadas de 80 e 90.

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