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Usina entra em operação em Castilho

Com um investimento calculado em R$ 80 milhões, a usina Virálcool que começou a ser instalada em janeiro de 2005, na cidade de Castilho (a 122 quilômetros de Araçatuba), será inaugurada neste sábado. Um ato solene está marcado para ocorrer às 11h. Será celebrada uma missa inaugural com a participação do coral da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Andradina e, posteriormente, será servido um almoço para colaboradores, fornecedores e convidados.

Políticos e autoridades municipais também devem prestigiar a inauguração da unidade.

Com a abertura da usina, soma-se três as unidades de produção do Grupo Toniello, que também possui as usinas Santa Inês, em Sertãozinho, e Virálcool I, em Pitangueiras, ambas na região de Ribeirão Preto.

Segundo a direção da usina, os atos preparatórios para a construção da unidade – que será uma filial da Virálcool de Pitangueiras – tiveram início em 2004.

A produção da usina começa neste sábado. O projeto prevê o processamento de 600 mil toneladas de cana e uma produção de 60 milhões de litros de álcool anidro e hidratado para a safra 2006/2007. Para alcançar esse volume de produção, foram abertos 800 postos de trabalho e a intenção é aumentar gradativamente o número de colaboradores. Também foram gerados centenas de empregos indiretos.

Os investimentos já realizados, na ordem de R$ 80 milhões, deverão continuar com a ampliação da indústria e obras de construção de mais uma caldeira, vestiários, refeitório, oficina, entre outros equipamentos, bem como a fábrica de açúcar que tem previsão de conclusão e funcionamento para 2008.

De acordo com o diretor da usina Virálcool, Ricardo Toniello, a empresa pretende atingir a plenitude da capacidade de moagem em 2009, quando deverão ser processadas 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Assim, a nova usina produzirá tanto açúcar quanto álcool, como as outras duas unidades pertencentes ao grupo.

Com a construção da nova unidade, o grupo terá condições de aumentar a capacidade de processamento de cana em até 90% em três anos. A produção desse grupo empresarial, que atualmente é de 2,8 milhões de toneladas – excluindo a unidade II da Virálcool, passará para 5,3 milhões de toneladas até 2009.

ESCOLHA – O município de Castilho possui pouco mais de 15 mil habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de 2005, e uma área de 1.063 quilômetros quadrados. A principal atividade econômica é a agropecuária. Segundo a direção do grupo, a cidade foi escolhida devido à disponibilidade de terras agricultáveis, com topografia adequada à mecanização, prática que a empresa pretende priorizar.

GRUPO – O investimento do grupo na agroindústria canavieira começou no ano de 1965, com o início das atividades da usina Santa Inês, em Sertãozinho. “A princípio a Santa Inês era um engenho que fabricava aguardente e depois foi sendo ampliado”, conta o diretor Ricardo Toniello.

Em 1986, o grupo inaugurou a Virálcool, na cidade de Pitangueiras. A inauguração da unidade II da Virálcool ocorre em comemoração aos 20 anos da unidade I, na região de Ribeirão Preto.

Na safra 2005/2006, a usina Santa Inês processou 700 mil toneladas de cana-de-açúcar, enquanto a Virálcool moeu 2,1 milhões de toneladas. O grupo ainda não fez uma previsão de produção para as duas unidades nesta safra. “A produção das unidades estão limitadas por fatores externos, porém, são adotadas medidas visando a otimização da produção, o que acaba gerando um constante aumento da produção”, explicou Toniello.

O grupo antecipou também que estuda novos investimentos, mas por enquanto, não serão divulgados.

OESTE – O aumento da demanda nacional e internacional do açúcar e álcool estimula novos investimentos, principalmente no Oeste Paulista. Das 72 novas usinas previstas para se instalarem no País (já excluindo a Virálcool II), 44 estarão nessa região, devido às terras disponíveis e favoráveis ao plantio da cana. Os investimentos para a implantação dessas unidades no Oeste de São Paulo deverão ser da ordem de US$ 6,3 bilhões (cerca de R$ 14 bilhões) e poderá gerar 165 mil empregos, segundo dados da UDOP (Usinas e Destilarias do Oeste Paulista), que abrange 287 municípios.

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