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Usina em PE inicia moagem após resultado de decisão judicial

Unidade deve gerar 2,7 mil empregos diretos na região de atuação

Usina em PE inicia moagem após resultado de decisão judicial

O início das atividades da antiga usina Estreliana será comemorada nesta sexta-feira (11), com uma carreata de produtores de cana e autoridades políticas da região em Ribeirão (PE).

A comemoração, que acontece no mesmo dia em que o município completa 92 anos de emancipação política, foi agendada após ordem da Justiça Estatual (TJPE) que favorecerá o desenvolvimento socioeconômico dos municípios da localidade pelos próximos anos através da reativação da Estreliana.

A usina, que começa a safra nesta segunda-feira (14) e vai gerar 2,7 mil empregos diretos, corria o risco de não mais reabrir depois que o Governo Estadual criou dificuldades para o cumprimento de leis fiscais em benefício da cooperativa de agricultores (CooafSul) responsável pelo arrendamento e a administração da unidade industrial.

A carreata está sendo organizada pela Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP) e pela CooafSul, entidade autora da ação judicial em trâmite na Vara Única da Comarca de Ribeirão.

A instância judicial reconheceu, no último dia 2, o direito da cooperativa ao crédito presumido do ICMS sobre o etanol a ser produzido pela antiga usina Estreliana, em Ribeirão, na Mata Sul. Além da decisão na esfera judicial, a AFCP e a CooafSul também estão em tratativa sobre o assunto com secretários estaduais e diretamente com o governador Paulo Câmara.

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Apesar da indefinição por parte do governo quanto ao cumprimento das leis 16.505/18 e 15.584/15 em benefício da CooafSul, válidas até 2022, tais legislações já atendem outras usinas cooperativistas por canavieiros em PE: a exemplo da Coaf (Timbaúba) e a Agrocan (Joaquim Nabuco).

“Portanto, o Poder Judiciário faz justiça com a CooafSul e com o povo da região ao permitir o desenvolvimento socioeconômico também de Ribeiro e circunvizinhança através da reativação de mais uma usina em Pernambuco”, comemora Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP.

O dirigente lembra que somente por conta da aplicação dessas leis, a Coaf e a Agrocan já geraram R$ 61 milhões em ICMS diretos para os cofres de Pernambuco nos anos que moeram a partir da safra 2014/15.

Quanto à moagem da CooafSul para a safra atual, a unidade fabril, que será a terceira usina cooperativista gerida pelos fornecedores de cana em PE, deve esmagar 550 mil toneladas e fabricar 45 milhões de litros de etanol.

Andrade Lima prevê que uma produção de 45 milhões de litros de etanol pela Cooafsul resultará em R$ 9,5 milhões de ICMS para Pernambuco.

“Por outro lado, se a unidade ficasse fechasse e outra usina do estado se utilizasse da cana para fabricação de açúcar e 35% dessa produção fosse exportada, não ficaria nada de ICMS para os cofres públicos de PE, pois tem isenção total. Logo, os 18,5% de crédito presumido sobre o etanol para a CooafSul é fundamental para o progresso socioeconômico da região de Ribeirão e também para todo Pernambuco”, finaliza Lima.

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