Usina de Pernambuco só recebe 50% da cana esperada
A projeção era de uma moagem de 500 mil toneladas. Mas a estiagem, e o fenômeno El Niño, eliminaram quase 50% dessa oferta. Com isso,
a usina de cana-de-açúcar Cruangi só conseguiu moer 291 mil toneladas da matéria-prima de açúcar e de etanol.
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Localizada no município de Timbaúba, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a Usina Cruangi voltou a moer na safra 2015/16 por conta da Cooperativa dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (Coaf).
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A usina iniciou a moagem na segunda semana de setembro de 2015 e, segundo Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), a meta era moer 500 mil toneladas de cana.
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Mas a estiagem e o El Niño atropelaram as previsões e a safra 15/16 da Usina Cruangi terminou na primeira semana deste janeiro. “Acabou a cana”, afirma Lima.
Com a moagem de 58,2% da cana prevista, a usina de cana-de-açúcar só produziu etanol, embora esteja capacitada para também fazer açúcar, e chegou a uma produção de 21,5 milhões de litros. “Só fizemos etanol hidratado, por conta de programa de crédito presumido do governo de Pernambuco”, conta Lima.
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Segundo o presidente da Coaf, a expectativa era de chegar a uma produção de 42 milhões de litros de hidratado caso a moagem chegasse à oferta inicialmente projetada.
Próxima safra
A Coaf já tem planos para a safra 2016/17 da Usina Cruangi. Conforme Lima, a planta sucroenergética também fará açúcar na próxima temporada, prevista para ter início entre agosto e setembro.
Para produzir açúcar e etanol, a usina de cana terá de contar com mais cana em relação à que foi moída na 15/16. “A expectativa é ter uma oferta de 550 mil toneladas da matéria-prima”, diz Lima.
Segundo ele, é possível chegar às 550 mil toneladas caso o clima favoreça a cultura. “Temos chuvas fortes desde o fim de novembro, o que é bom, e vai depender do inverno para saber sobre a oferta de cana.”
Moagem
Na Zona da Mata Norte de Pernambuco, segundo o presidente da AFCP, existem seis usinas de cana-de-açúcar. E, delas, apenas duas ainda não terminaram a safra 15/16. “As que continuam moendo são as usinas Olho D’Água e a Petribu.”
