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Usina da Fiagril que usará milho terá sócio americano

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Bruce Rastetter – CEO Summit Group

O projeto de produção de etanol de milho da processadora de soja mato-grossense Fiagril deverá receber em breve um aporte e um
novo sócio para seguir adiante. Em entrevista à agência de notícias Agwired, o CEO da empresa americana Summit Group, Bruce Rastetter, informou que vai investir na construção de uma planta de etanol convencional, orçada em US$ 140 milhões, em parceria com a brasileira Fiagril. Segundo apurou o Valor, uma nova empresa deve ser criada para abrigar o projeto.

A usina, que será implantada em Lucas do Rio Verde (MT), vai ser financiada pelo braço de equity do Summit Group, o U.S. Farmland Fund. O executivo não informou a participação que a companhia deterá no negócio. Procurada, a Fiagril preferiu não se pronunciar. Nos Estados Unidos, o Summit Group detém uma área agrícola expressiva e também produção de bovinos e suínos.

Anunciado no ano passado, o projeto da Fiagril previa investimentos de US$ 100 milhões (cerca de R$ 230 milhões) na construção de uma unidade de produção de etanol de milho a partir de 2015. A companhia planejava construir uma usina com capacidade para esmagar 500 mil toneladas do grão por ano, volume suficiente para produzir até 200 milhões de litros do biocombustível.

À época, a intenção da Fiagril era financiar até 80% do investimento com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) e do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO).

Em entrevista ao Valor em setembro de 2013, o sócio-fundador da Fiagril, Marino Franz, afirmou que as linhas de crédito já haviam sido asseguradas e os contratos deveriam ser assinados com o Banco do Brasil ainda em 2013. A expectativa, afirmou ele, era iniciar a construção da planta até abril de 2014 e concluí-la em 18 meses.

A Fiagril era uma empresa de venda de insumos quando foi fundada, há 25 anos. Na última década, voltou-se para a comercialização de grãos e, desde então, multiplicou por quase dez vezes seu faturamento, que foi de R$ 2,75 bilhões em 2013.

A empresa brasileira também atua na produção de sementes, armazenagem e logística. Atualmente, conta com capacidade para estocar 730 mil toneladas de grãos e investe em obras da Cianport, criada em parceria com a comercializadora de grãos Agrosoja para escoar a produção do Centro-Oeste pelo Norte do país. Em 2012, criou a Serra Bonita, joint venture com a SinAgro e a Boa Safra para atuar no mercado de sementes.

(Fonte: Valor Econômico)

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