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Usina Coruripe reinaugura Unidade Limeira do Oeste no ano que vem

Para esta safra a expectativa do grupo é bater o recorde de moagem com 16 milhões de toneladas

Unidade Limeira do Oeste
Unidade Limeira do Oeste

Com inauguração prevista para o próximo ano, a ampliação da Unidade Limeira do Oeste, do Grupo Coruripe, prevê o acréscimo de mais um milhão de toneladas, passando dos atuais 1,5 milhões para 2,5 milhões de toneladas de cana.

Segundo o presidente do grupo, Mário Lorencatto, isso vai possibilitar um acréscimo de produção de 200 mil toneladas de açúcar de exportação (VHP) por ano.

Para a instalação da nova linha de produção, a Coruripe adquiriu, no ano passado, os ativos da Usina Corol, no Paraná, e transferiu os equipamentos para Limeira do Oeste. Lorencatto resssaltou que, ao todo, foram investidos cerca de R$ 450 milhões, no processo de ampliação da nova unidade, com inauguração prevista para o próximo dia 1º de abril, em evento que deve reunir acionistas e autoridades locais.

De acordo com o executivo, seguindo uma nova postura de reorganização do Grupo Coruripe, a unidade utilizará 100% de cana própria na produção.

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Mário Lorencatto
Mário Lorencatto

“Nós estamos mudando o balanço na Coruripe, diferente da média das usinas do Brasil, a gente tinha dois terços de cana de terceiros e um terço de cana própria. Agora a situação já está se invertendo. No Polo Iturama já estamos com 60% de cana própria e 40% de cana de terceiro, e devemos continuar investindo no canavial próprio para aumentar essa participação. Com exceção de Campo Florido, unidade que vem funcionando bem com um modelo de 100% de cana fornecida por terceiros”, informou ao JornalCana nos bastidores do 17ª edição do Encontro Anual de Açúcar e Álcool, realizado pelo banco Citi, na última quinta-feira (5).

Para esta safra 2023/24 a expectativa do grupo é de um recorde de moagem.

“Assim como todo setor, a Coruripe está com uma grande produção de cana. Devemos moer com capacidade plena e bater o recorde esse ano, chegando próximo das 16 milhões de toneladas no grupo todo. É muito provável que a gente vai ter que moer até o comecinho de dezembro. Se permitir a chuva, não atrapalhando muito o ciclo biológico da cana, ainda assim a gente vai deixar umas 500/600 mil no grupo para trás. E aí estamos naquele dilema que todas as outras empresas estão: se começamos a safra mais cedo, ou a gente começa no ciclo normal, que é 1º de abril. Tudo vai depender um pouco do regime de chuva que vem aí no verão brasileiro”, explica.

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Lorencatto afirmou ainda que a atual safra está sendo bastante favorável. “Estamos com uma das melhores produções da Coruripe. No Triângulo Mineiro estamos com quase 2.000 kg de açúcar por hectare, acima do que a gente planejou. Estamos muito bem, tanto em tonelada de cana por hectare quanto no conteúdo de açúcar, na quantidade de ATR por tonelada de cana, também bem acima do que a gente havia planejado”, concluiu.

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