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Usina COAF aposta na qualificação para garantir maior produtividade na safra

Líderes de campo vão receber capacitação e canaviais serão monitorados

Usina COAF aposta na qualificação para garantir maior produtividade na safra

A cana suja fornecida à usina tem gerado para o canavieiro uma perda de ATR e uma redução no preço superior a 17,6%. Isso impacta nos resultados tanto do campo quanto da indústria.

Nesta semana, com o objetivo de evitar perdas na qualidade da cana e déficit na produtividade da safra que começa já na próxima segunda-feira (30), a usina COAF, em Timbaúba-PE, iniciou um trabalho de qualificação dos trabalhadores líderes de campo em centenas de canaviais dos fornecedores cooperativados na Zona da Mata Norte do Estado.

A iniciativa, que está sendo conduzida pelo engenheiro agrônomo da COAF, Geraldo Barros, visa melhorar todo o processo no campo que envolve a moagem do primeiro dia até o último. Com isso, objetiva-se evitar perdas dos investimentos dos produtores já realizados nos canaviais para se ganhar produtividade desde o plantio até os tratos culturais.

O trabalho consiste essencialmente em reduzir ao máximo a quantidade de impurezas vegetais e minerais juntas com a cana colhida. Quanto mais existe esse tipo de sujeira, menor é o ATR e o preço final pago pela cana fornecida à usina. “Com 6% de impurezas, o que ainda é aceitável, a perda do valor chega a 17,6%. Infelizmente, observamos que tem ficado um percentual maior nos últimos anos, e precisamos mudar esta realidade”, pontua Alexandre Andrade Lima, presidente da Coaf e da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP).

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Os números dos cooperados podem melhorar de acordo com o trabalho realizado no campo, no momento do corte da cana, do carrego e do seu transporte à usina. “Por isso, estamos qualificando os líderes do campo e vamos monitorar de perto para que isso venha a acontecer. Não dá mais para deixarmos os resultados irem embora na moagem depois de fazemos de tudo para ganhar produtividade do plantio aos tratos culturais”, destaca Barros. 

Essas impurezas prejudicam tanto a remuneração do agricultor quanto os resultados da usina. Portanto, são nocivas do campo à indústria sucroenergética. Por esta razão, este trabalho focado na qualificação dos trabalhadores e no monitoramento deverá ser priorizado não somente no começo da moagem, mas durante e até o último dia da safra“, diz Lima.