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Universidade lança linha de pesquisa “Biorrefinaria da Biomassa”

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Liderado pelo professor Jorge Colodette (foto), especialista em química da biomassa, tecnologia de branqueamento de polpa celulósica e biorrefinaria, o LCP – Laboratório de Celulose e Papel da UFV – Universidade Federal de Viçosa, vem realizando diversas pesquisas relacionadas a biorrefinaria. Recentemente, o Laboratório criou uma nova linha de pesquisa chamada Biorrefinaria de Biomassa, principalmente da cana. Em parceria com órgãos públicos e privados, o LCP vem desenvolvendo pesquisas de biorrefinaria de caracterização e pré-tratamento de biomassa, fracionamento/separação de biomassa, etanol de segunda geração, energia proveniente dos resíduos e bioprodutos.

Entre os projetos estão à caracterização e aproveitamento da palha de cana-de-açúcar de diferentes regiões do Brasil para produção de bioetanol; integração do conceito da biorrefinaria à indústria de celulose e papel; aplicação de biopolímero celulósico para resistência a seco e a úmido do papel; produção de bioetanol a partir de eucalipto, bagaço e palha de cana-de-açúcar; influência do tratamento da biomassa lignocelulósica no desempenho da hidrólise enzimática para produção de etanol; estudos do efeito dos ácidos hexenurônicos na estabilidade de alvura e nas propriedades de polpas branqueadas, do impacto de complexos lignina-carboidratos na polpação kraft e de pré-tratamentos de biomassa lignocelulósica para produção de etanol.

Colodette lembra da gama de produtos a partir do aproveitamento dos subprodutos da agroindústria canavieira como o melaço, que também pode ser utilizado para alimentação animal ou para a cultura de fungos e bactérias em outros processos de fermentação voltados para a produção de químicos e fármacos, bem como fermento biológico. “A vinhaça e a torta de filtro são usados como fertilizante nos canaviais, sendo este último utilizado na obtenção de cera. As leveduras apresentam grande aplicação industrial pelo seu potencial de metabolizar hexoses, pentoses, ácidos orgânicos, hidrocarbonetos e sua habilidade para produção de álcoois até proteínas heterólogas. O gás carbônico (CO2) produzido nas dornas de fermentação que pode ser purificado, desodorizado, liquefeito e armazenado sob pressão para outros fins, como na produção de refrigerantes e gelo seco, de bicarbonato de sódio, fundição e propelentes de aerossóis”.

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