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Unidades ampliam lista de co-produtos

A diversificação industrial em usinas e destilarias está se tornando uma fonte quase inesgotável de alternativas para agregar valor ao processo de produção de açúcar e álcool. A lista dos chamados co-produtos é cada vez mais extensa, incluindo desde os que já possuem um amplo mercado até os que se apresentam como alternativa tecnológica viável, mas ainda não são explorados comercialmente. A agroindústria canavieira tem potencial para gerar um parque industrial diversificado, o que abrange desde a produção de energia a partir do bagaço de cana, para consumo e venda, até a possibilidade de criar uma rota alcoolquímica para a substituição de insumos de derivados de petróleo.

Entre as opções de co-produtos no setor sucroalcooleiro, estão: plástico biodegradável; levedura para ração animal e consumo humano; bicarbonato de sódio, cloreto de amônio, carbonato de sódio produzidos por meio do aproveitamento do gás carbônico gerado no processo, etc. “O céu é o limite”, diz Rodrigo de Campos, diretor da P.A.SYS Engenharia e Sistemas, de Piracicaba, SP, que destaca ainda a instalação de duas empresas no município, a coreana CJ Corp e a austríaca Biomin, para a produção de ração animal que usam como matéria-prima açúcar e melaço. Além de ganhos financeiros, a diversificação industrial proporciona benefícios para o meio ambiente devido à destinação correta de subprodutos, o aproveitamento de insumos, matérias-primas e substâncias como o próprio gás carbônico.

A fabricação de produtos ambientalmente corretos, a partir de resíduos agroindustriais, é outra diferencial dos produtos gerados pelo setor sucroalcooleiro. Rodrigo de Campos cita como exemplo, o plástico biodegradável – produzido por meio da ação de bactérias que se alimentam do bagaço e formam o PHB (polihidroxibutirato) -, que foi descoberto e pesquisado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e incluído no mix de produção da Usina da Pedra, de Serrana, SP, por meio do desenvolvimento de uma planta específica para essa finalidade. “Embalagens, com esse tipo de material, poderiam acondicionar herbicidas e outros produtos químicos”, sugere. De acordo com ele, o uso desse plástico biodegradável resolveria, com maior facilidade, a questão da destinação dos recipientes convencionais dos agrotóxicos.

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